“O CARAVAGGIO ROUBADO”, ENTRE TIM BURTON E DA VINCI.

por Teo Sabadin.
 
Um roteirista-celebridade sem talento mantém a fama suportado por sua secretária Valeria (Micaela Ramazzotti), esta sim habilidosa escritora, que assina o nome do chefe em suas obras. A impostora relação entre os protagonistas é naturalizada pelo costume. Em uma rotina ordinária, Valeria é surpreendida por um enigmático senhor que a oferece um argumento para seu futuro roteiro. A escritora está agora imersa em uma grande conspiração.
 
A busca pela história por trás do desaparecido quadro de Caravaggio entra em embate direto com a máfia italiana que, não apenas o detém, como o esconde há décadas e não pretende correr riscos. Em meio ao eufórico enredo, nenhuma das partes parece controlar a situação. A trama, então, apresenta um meio termo preciso, mas também previsível, entre o relacionamento proposto em “Grandes Olhos”, de Tim Burton, e a atmosfera misteriosa de “O Código da Vinci”.
 
“O Caravaggio Roubado” manifesta a curiosidade humana por desvendar este episódio que, ocorrido no século XVII, ainda é considerado um dos 10 maiores roubos artísticos da história e, justamente por esse aspecto, há, no filme, potencial para uma trama melhor estruturada.
Já em cartaz.