O NECESSÁRIO “KU-KLUX-KLAN, UMA HISTÓRIA AMERICANA” ESTREIA NAS PLATAFORMAS.

Por Celso Sabadin.

Já existe toda uma geração que acha que “KKK” é apenas uma maneira de expressar o riso, na internet. Assim, é mais do que bem-vinda a estreia do documentário “Ku-Klux-Klan, uma História Americana”, produção de 2020 em exibição no Brasil exclusivamente no Curta!On, o novo clube de documentários do NOW, plataforma da Claro NET.

Dirigido pelo francês David Korn-Brzoza, especializado em documentários históricos, “Ku-Klux-Klan, uma História Americana” é resultado de uma grande parceria internacional de produtoras que se cotizaram para levar a público a radiografia desta barbárie. Nada menos que França, Suíça, Bélgica, República Tcheca, Austrália, Irlanda, Suécia, Noruega e Canadá abraçaram o projeto. Os EUA ficaram de fora.

De maneira clara e didática, o filme – dividido em 2 episódios de 52 minutos cada – aborda desde a origem do movimento, após a Guerra Civil norte-americana, seu declínio no final do século 19, sua ressureição brutal motivada pelo clássico “O Nascimento de um Nação”, sempre seguindo uma linha do tempo que desemboca no recente caso do assassinato de George Floyd, já em 2020.

Uma infame escalada de ódio e violência que – segundo o filme – teve em toda a sua trajetória centenária um único caso de homem branco condenado por matar um negro, posto que historicamente sempre se manipulou para que os júris formados para este tipo de crime fossem compostos exclusivamente por jurados brancos.

Cientistas políticos, professores de várias universidades (infelizmente, um único professor negro) e até um ex-membro da Klan dão depoimentos, esclarecendo aspectos como o funcionamento interno da organização e como ela chegou a desfrutar de status na sociedade na década de 1920, além de curiosidades como a “convocação” do Super-Homem para lutar contra o grupo.

Importante e esclarecedor