“O ROLO PROIBIDO”, O CINEMA E A CULTURA SOB ATAQUE DA IGNORÂNCIA.

Por Celso Sabadin.

Novo governo – totalitário, ignorante, fanático religioso e avesso à cultura – está prestes a destruir toda a história da produção cinematográfica do país, queimando sua cinemateca. É preciso fazer alguma coisa urgente.

Esta história que vivemos aqui no Brasil em pleno 2020 já foi vivenciada pelo Afeganistão, em 1996, quando o Talibã tomou Cabul, a capital do país. É este o tema do vibrante “O Rolo Proibido”, que será exibido hoje às 18h00 no Festival É Tudo Verdade.

Produzido pelo Canadá e dirigido pelo afegão Ariel Nasr, “O Rolo Proibido” extrapola – e muito – a questão cinematográfica. O filme se mostra uma verdadeira aula da história recente do Afeganistão, país que vem há décadas sofrendo as mais profundas e cruéis instabilidades econômicas, sociais e culturais, atacado constantemente tanto pela esquerda, como pela direita.

“O Rolo Proibido” utiliza este verdadeiro tapete mágico chamado cinema para conduzir o público por esta vasta história de resistência, ao mesmo tempo em que traça um fascinante panorama iconográfico/sensorial da produção fílmica do país.  Uma prova inconteste da gigantesca importância da preservação do patrimônio histórico de uma cultura.

Obrigatório para quem gosta de cinema, de história, ou simplesmente quer ficar antenado com esta contemporaneidade ensandecida que parece não ter fim.

Gratuita, a exibição é hoje (28/09), através do site www.etudoverdade.com.br