“O VELHO“ DEBATE COM VIGOR OS LIMITES DA INTOLERÂNCIA.

Por Celso Sabadin.

Os discursos de ódio que proliferam ultimamente na sociedade brasileira (e mundial também) trouxeram de volta, com força total, a questão da morte. Não a morte natural, mas a provocada pela intolerância. Discute-se hoje, aberta e normalmente, temas impensáveis até há poucos anos como, por exemplo, e se a gente matar uma pessoa porque não gostamos dela, ou ainda, e se a gente matar alguém que tem provocado genocídios?

Nestes nossos tempos de barbárie, o filme “O Velho”, que estreia em plataformas virtuais, abre o debate desta difícil discussão através de uma forte e vibrante proposta cinematográfica e dramatúrgica.

Inspirado na peça teatral “O Velho”, de Márcio Alemão Delgado, o longa homônimo traz a história de um assassino (Luiz Guilherme, em ótima interpretação) que decide se entregar à polícia, após uma longa carreira de crimes em que jamais foi pego. Ele resolve contar sua incrível história de violência e impunidade a um jornalista (Junno Andrade) que se mostra despreparado para tomar contato com tamanha barbaridade. O forte, desconcertante e – infelizmente – atual embate em que mergulham estes dois protagonistas é o ponto forte deste filme perturbador que marca – positivamente – a primeira direção ficcional de Daniel Talento. O roteiro é do próprio diretor, em parceria com Luiz Guilherme.

Vale ser visto e debatido.

“O Velho” estreia dia 9 de setembro nas plataformas digitais Looke, NOW, Vivo Play, Microsoft, Google Play, YouTube Filmes e iTunes.