OS DESOLADOS INTERIORES GEOGRÁFICOS E HUMANOS DE “SUÇUARANA”.
Por Celso Sabadin.
Quem conhece a obra dos cineastas mineiros Clarissa Campolina (de “Girimunho”) e Sérgio Borges (“O Céu Sobre os Ombros”) já sabe aproximadamente o que encontrar: um cinema reflexivo, na contramão do clássico, anticonvencional, invariavelmente flertando com o poético e o místico.
Assinado pela dupla, “Suçuarana” estreia em cinemas nesta quinta-feira, 11/09, após ser um dos destaques da 20ª Mostra de Cinema de Ouro Preto, em junho passado.
E, sim, o filme mantém o estilo dos filmes anteriores de seus criadores.
Quem conduz a trama é Dora (Sinara Teles, a Charlene, de “Marte Um”) uma mulher em trânsito pela geografia e pela vida. Acompanhada de um misterioso cachorro, ela percorre espaços e pessoas em busca de um lugar que talvez só exista em sua mitologia familiar. Acaba encontrando acolhimento numa fábrica em ruínas tomada pelos seus ex-empregados. Mas logo percebe que o abandono é o grande propulsor de sua caminhada por uma estrada que talvez não traga destinos.
“Suçuarana também foi selecionado para a Mostra Competitiva do Festival de Chicago. Mergulhe.