“OS TRADUTORES” TRANSFORMA MERCADO EDITORIAL EM SUSPENSE POLICIAL.

Por Celso Sabadin.

O incrível, fascinante, sedutor, milionário, perigoso e mortal mundo dos… tradutores de livros. Quando o cinema quer, qualquer mundo pode se assemelhar ao universo dos mais charmosos agentes secretos da tela: basta ter um bom roteiro, uma boa direção e uma boa produção. E “Os Tradutores’ tem tudo isso. A ideia é criar uma aventura de espionagem e chantagem em cima de um tema que, a princípio, não parece ter grandes potenciais cinematográficos. Mas tem.

Tudo acontece quando uma mega editora contrata 9 profissionais de diferentes nacionalidades para que eles traduzam, em seus respectivos idiomas, o tão aguardado livro final de uma trilogia que se tornou best seller mundial. Como, evidentemente, o vazamento destes originais poderia acarretar perdas financeiras desastrosas, os nove tradutores são trancafiados numa espécie de bunker de luxo, sem nenhum contato com o mundo exterior, até que finalizem seus trabalhos.

Como não poderia deixar de ser, algo vai dar errado. Mesmo porque se não der, não tem filme.

O roteiro de Romain Compingt, Daniel Presley e do próprio diretor, Régis Roinsard (os mesmos do interessante “A Datilografa”) transforma o cotidiano destes profissionais da tradução numa espécie de versão cinematográfica do famoso jogo de tabuleiro “O Detetive”. Com todos os luxos de belas locações e caprichadas produção que o cinema pode proporcionar.

O resultado é um entretenimento acima da média, um “whodunit” coproduzido por França e Bélgica revestido pelo fino verniz dos bastidores da indústria editorial.

A estreia é nesta quinta, 28 de outubro.