“PAPA FRANCISCO, CONQUISTANDO CORAÇÕES”, SIMPLES E DIRETO COMO SEU PROTAGONISTA.
Por Celso Sabadin.
Quando uma coprodução Espanha/Argentina se permite fazer piada sobre o conhecido ego inflado de nuestros hermanos, é inevitável que passemos a nutrir uma certa simpatia por ela. Assim é “Papa Francisco, Conquistando Corações”, um filme simpático sobre um dos papas mais carismáticos dos últimos tempos.
Falando em termos de Cinema, o filme é dos mais convencionais. Além de um roteiro linear e direto, tem uma narrativa tradicional e clássica, chegando a flertar com a conhecida linguagem de minissérie televisiva. Mas tem méritos. Um deles é o de não poupar críticas à politicagem e à corrupção do Vaticano. E o outro é foi a escolha de Darío Grandinetti para o papel título: o ator deu leveza, humor, dignidade e credibilidade ao seu famoso personagem.
A história se concentra na simplicidade, na descontração e na irreverência do padre argentino Jorge Mario Bergoglio, antes dele ser mundialmente conhecido como Papa Francisco. Mostrando desde a sua infância no interior, até o dia de sua escolha como sumo pontífice, o filme destaca as tendências humanistas e sociais do protagonista, retratando sua aversão à hipocrisia formal de vários setores da sociedade e da própria Igreja. “No Vaticano é mais fácil perder a fé que encontrá-la”, diz o ácido futuro Papa em determinada cena do filme.
Optando pela linguagem simples, direta e popular de seu protagonista, “Papa Francisco, Conquistando Corações” estreia nesta quinta, 9 de março.