“PEQUENOS INVASORES”, PARA UMA BOA SESSÃO DA TARDE.

Divertir as crianças, sem esquecer dos adolescentes e nem menosprezar os adultos. Esta é a fórmula de sucesso utilizada no filme “Pequenos Ivasores”, uma simpática aventura infanto-juvenil com um bem-vindo sabor de bolinho de chuva com canela.

Sem pretensões e totalmente descompromissado, o filme fala de uma família que vai passar o feriado de 4 de julho numa casa no interior. O lugar, uma bela mansão à beira de um lago, faz a alegria dos adultos à procura de descanso e pescaria, e o desespero das crianças e adolescentes, que prefeririam algo mais agitado ou “conectado”.

A confusão começa quando o sótão da casa é invadido por quatro pequenos alienígenas que ameaçam dominar a Terra. A partir daí, os universos se dividem: no andar de cima, os menores tentam salvar o planeta, sem que os maiores do andar de baixo sequer se deem conta da situação. Uma interessante analogia sobre o mundo da realidade e o da imaginação.

Mesmo sem ser genial, o filme consegue um bom equilíbrio entre comédia e aventura, satisfazendo o senso de humor de grandes e pequenos. Desde citações sobre “a péssima música dos anos 80 que derreteu os cérebros dos adultos”, até um telefone que as crianças não sabem usar porque é de disco, e não de teclas, o filme traz momentos de um humor leve, inspirado e até certo ponto um pouco ingênuo. Como, por exemplo, salvar a Terra dos alienígenas em pleno feriado de 4 de julho, brincando com “Independence Day”.

Talvez tenha sido justamente esta saudável ingenuidade que tenha transformado o filme num fracasso no mercado norte-americano, onde faturou praticamente a metade do seu custo de US$ 54 milhões.

Sem problemas. Sempre haverá o lançamento em DVD… e bolinhos de chuva com canela.