“QUANDO AS LUZES SE APAGAM” NÃO FOGE DA MESMICE.

Por Celso Sabadin.

Salvo honrosas exceções, falta renovação ao cinema mundial de terror.  Casas mal assombradas onde não há sinal de celular e sustos proporcionados muito mais pelos efeitos sonoros que propriamente por construção da imagem cinematográfica estão cada vez mais repetitivos e sonolentos dentro do gênero. Isso sem falar do subgênero das “fitas verídicas encontradas, etc etc etc”.

“Quando as Luzes se Apagam” não tem muito fôlego para fugir da mesmice. O conto escrito pelo próprio diretor David F. Sandberg acaba não se transformando em material consistente o suficiente para render um bom longa do gênero. Com um agravante: o roteiro já esclarece os pontos que poderiam ser os segredos da trama antes mesmo dos 40 minutos de projeção, deixando pouco, quase nada para o final.

A história, como sempre, fala de uma mulher (Maria Bello) perseguida por uma entidade do mal. Uma perseguição que a leva ao limite da loucura, enquanto seus filhos tentam entender e combater a situação. Trata-se da estreia de Sandberg na direção de longas, após uma sequência de 11 curtas. A sensação que fica é a de um roteiro de curta esticado para o longa. Talvez Sandberg tenha mais sorte ao dirigir “Anabelle 2”, com roteiro de Gary Dauberman (o mesmo do primeiro “Anabelle”), já em produção e prometido para 2017.