“QUEM PODE JOGAR?” ACENDE O DEBATE SOBRE A TRANSEXUALIDADE NO ESPORTE.

Por Celso Sabadin.

Se as pessoas transgêneros, de uma forma geral, já sofrem os mais variados tipos de preconceitos, vindos de todos os lados, de todas as formas, imaginem então os atletas e as atletas trans! Em que categoria competir, em um mundo binário que não consegue enxergar nada além do masculino e do feminino? E como se expor em uma atividade esportiva competitiva em um país que se torna mais intolerante e mais tosco a cada dia?

Estas são algumas das questões levantadas no documentário “Quem Pode Jogar?”, que estreia no Rio de Janeiro nesta quinta-feira, 11 de fevereiro.

Com direção de Marcos Ribeiro e entrevistas comandadas por Helena Lara Resende, o longa aborda quatro corajosos atletas transexuais que treinam, jogam e enfrentam as barreiras do preconceito no esporte. Uma menina patinadora de 10 anos, Maria Joaquina; o intenso treinamento do fisiculturista Juliano Ferreira; a jornada da jogadora de vôlei Isabela Neris; e os desafios da lutadora de MMA e Jiu Jitsu, Anne Viriato, uma mulher que gosta de enfrentar homens no Octógono.

Depoimentos dos atletas olímpicos Ian Matos e Isadora Celluro, e da ex-karateca Dionne Freitas ajudam a ampliar o quadro desta importante discussão enfocada no longa.

“Quem Pode Jogar?” é uma excelente oportunidade para iniciar um debate esclarecedor que se torna cada vez mais urgente neste nosso país em acelerado processo de emburrecimento.

Afinal, “as pessoas estão reconstruindo novamente tijolo por tijolo de todos os muros que a gente quebrou”, diz um dos depoentes.