“SANGUE & CHOCOLATE” TROCA VAMPIROS POR LOBISOMENS E REPETE VELHAS FÒRMULAS
Já faz tempo que os filmes de vampiro especialmente direcionados ao público adolescente deixaram de ser novidade no cinema. Este verdadeiro sub-gênero começou a fazer sucesso há exatos 20 anos, quando Joel Schumacher lançou seu bem-sucedido “Garotos Perdidos”, em 1987. De lá para cá, muitos copiaram sua fórmula, com melhores ou piores resultados. Com poucas variações, este tipo de filme consiste em repaginar a centenária lenda de Drácula e seus seguidores para o universo adolescente contemporâneo, onde não faltarão belas mocinhas em perigo, uma ambientação gótica, charmosos vampiros sedutores, e correria sanguinária. De quebra, uma dose de crise existencial de alguns vampiros mais conscientes que sofrem de depressão por levar a vida chupando o sangue dos outros.
“Sangue & Chocolate”, produção norte-americana dirigida pela alemã Katja Von Garnier, bebe da mesma fonte. Mas com uma diferença: saem os vampiros, entram os lobisomens. O restante é exatamente igual. Criada por uma tia, após a brutal morte dos pais, a bela Vivian (Agnes Bruckner) não consegue ter namorado, nem viver como uma adolescente normal, por ser a noiva prometida de um importante líder de um clã de lobisomens. Claro, ela mesma é uma lobisomem (ou seria lobismulher?). A revolta de Vivian contra esta situação começa a acontecer quando ela se apaixona por um rapaz disposto a tudo pelo seu amor. Até a combater uma feroz matilha de enfurecidos homens-lobo.
O enredo não é dos melhores, embora tramas sobre jovens que se revoltam contra velhos poderes pré-estabelecidos possam sempre encontrar eco junto ao público adolescente. Mas pelo menos “Sangue & Chocolate” traz belas e charmosas locações na cidade de Bucareste, na Romênia, o que não deixa de ser um ponto positivo.
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Sangue e Chocolate (Blood & Chocolate). EUA, 2007. Direção de Katja Von Garnier. Roteiro de Ehren Kruger e Chststopher Landon a partir do livro de Annette Curtis Klause. Com Agnes Bruckner, Hugh Dancy, Olivier Martinez.