“STARDUST – O MISTÉRIO DA ESTRELA” UNE FANTASIA E BOM HUMOR

Nem só da dura realidade de Tropa de Elite vive o cinema. Para quem busca uma boa diversão, repleta de fantasia e escapismo, a dica é a fábula Stardust – O Mistério da Estrela, segundo filme dirigido por Matthew Vaughn ( Nem Tudo é o que Parece), mais conhecido como produtor de Jogos, Trapaças e Dois Canos Fumegantes e Snatch – Porcos e Diamantes.

Em Stardust – O Mistério da Estrela, Vaughn troca as histórias policiais por um romance rasgado. Tudo começa na pequena vila de Muralha (Wall, no original) cidadezinha que tem este nome justamente por estar cercada por um muro teoricamente instransponível. Um de seus habitantes, porém, resolve desafiar as leis do lugar, ultrapassa a muralha e passa uma noite inesquecível no reino mágico de Stormhold, que fica ali do ladinho. Nove meses depois, o rapaz recebe o “resultado” desta sua – literalmente – pulada de muro: um bebê de nome Tristan. É exatamente sobre o jovem Tristan (Charlie Cox), 18 anos depois, que o filme se concentra. Ele se transforma na figura central da incrível saga que a bruxa maligna Lamia (Michelle Pfeiffer) e o cruel príncipe herdeiro Septimus (Mark Strong) empreendem em busca de uma estrela que caiu na terra (Claire Danes). Para Lamia, a estrela é fonte de beleza eterna; para Septimus, de poder total. E, para Tristan, de amor verdadeiro, embora ele mesmo não saiba disso.

Stardust – O Mistério da Estrela é baseado na graphic novel homônima publicada em 1997, escrita por Neil Gaiman e desenhada por Charles Vess. Assumidamente romântico e fantasioso, o filme tem no refinado humor inglês um de seus maiores méritos. Situações espirituosas (algumas, aliás, literalmente, envolvendo um divertido bando de fantasmas) e diálogos sarcásticos fazem a alegria de quem vai ao cinema em busca de algo mais que uma simples aventura de príncipes e bruxas. Não se levar a sério é um dos grandes pontos positivos de Stardust – O Mistério da Estrela. O ponto baixo fica por conta da maquiagem e dos efeitos especiais, bem aquém dos atuais padrões de um público cada vez mais exigente.

Talvez por isso ele tenha fracassado nas bilheterias americanas, onde faturou somente pouco mais da metade de seus custos de produção, estimado em US$ 65 milhões. Um resultado talvez severo demais para um filme divertido e agradável de ser visto.