SUCESSO COREANO “FORÇA BRUTA: PUNIÇÃO” DESEMBARCA NO BRASIL.

Por Celso Sabadin.

No momento em que Estados Unidos e China brigam por mercado, e que os chineses cogitam até proibir a entrada de filmes estadunidenses em seu país, quem corre por fora tentando tirar proveito da situação é a Coreia do Sul.

Já faz um bom tempo que os sul-coreanos têm apresentado ao mundo um cinema de qualidade e mercadologicamente competitivo, tendo até – vocês se lembram – conquistado o Oscar de melhor filme por “Parasita”.

Utilizando a estratégia dos maiores blockbusters mundiais, a Coreia do Sul está lançando a sua nova aposta em bilheterias em nada menos que 164 países de forma praticamente simultânea. Brasil incluído. Trata-se de “Força Bruta: Punição”, quarto capítulo de “The Roundup”, franquia de muito sucesso principalmente nos mercados orientais. Mas como são histórias independentes, não é preciso ver os filmes anteriores para curtir este.

Recheado de ação, facadas e estiletadas em profusão, uma baita quantidade de mortes por minuto e – importante – bastante humor – “Força Bruta: Punição” é o tipo do filme que a trama não importa muito. Mas, lá vai: o policial Ma Seok-do (interpretado por Ma Dong-seok, ator em mais de 60 filmes em 20 anos de cinema), encontra um novo desafio em sua carreira. Após anos de serviços prestados à polícia, principalmente graças aos seus músculos, ele agora se vê às voltas com a investigação de um crime cometido nos bastidores do mundo virtual. O problema é que Ma não tem a menor intimidade com sistemas, computadores, nem celulares, o que dá margem a uma série de situações cômicas.

“Força Bruta: Punição” é tão calcado nos clichês dos filmes estadunidenses de brigas de gangues, chefões do tráfico, violência, traições e investigação policial que – pelo menos pra mim – não ficou muito claro se a direção de Lee Sang-yong optou por um filme de ação ou por uma sátira.

O mais provável é que “Força Bruta: Punição” esteja simplesmente seguindo a grade tendência do cinema sul coreano de não se prender a gêneros, e realizar uma sempre bem-vinda mistura dos mais variados estilos, dentro de um mesmo longa. Tudo com muita qualidade de produção, outra característica do cinema daquele país.

Importante mesmo é que o filme não se leva a sério, característica fundamental para curti-lo sem compromisso e, neste caso, com bastante pipoca para ajudar a descer.

A estreia no Brasil é nesta quinta, 10/04.