“TAINÁ, A ORIGEM” FECHA A TRILOGIA DA CARISMÁTICA INDIAZINHA BRASILEIRA.

Seguindo a tendência internacional de se contar a origem dos personagens (Star Trek, Wolverine, Batman…), o cinema brasileiro contra-ataca com a carismática indiazinha Tainá, criação de Pedro Rovai. Depois de “Tainá – Uma Aventura na Amazônia (2001) e “Tainá 2: A Aventura Continua (2004)”, chega aos cinemas “Tainá, a Origem”, longa no qual, como o próprio título já diz, será revelado o DNA guerreiro da personagem.

Claudia Levay no roteiro e Rosane Svartman na direção se constituíram numa dupla bastante eficiente: o filme é simples, direto, rápido, despretensioso, não vai (e nem quer) mudar a história do cinema, mas consegue um feito que não é nada fácil: a imediata comunicação com o público infantil. As belas cores da Amazônia explodem na tela, a profusão de imagens de animais (marca registrada da série) ajuda a marcar o ritmo das cenas, e o elenco inteiro está bem sintonizado. Este terceiro capítulo provavelmente é o que consegue a melhor homogeinização das interpretações. Dá até para esquecer um pouquinho como o roteiro deste terceiro episódio é parecido com o do primeiro.

A pequena Wiranu Tembé, que vive o papel título, é um achado. Com apenas cinco anos, ela foi descoberta na Aldeia Tekohaw, no Pará, e se destacou entre 2.200 meninas de toda a Região Amazônica. Até começar a se preparar para atuar, Wiranu nunca havia deixado sua aldeia e não falava português. Beatriz Noskoski, vivendo a “patricinha” Laurinha, também esbanja espontaneidade.

“Tainá, a Origem” foi totalmente rodado na Amazônia, mais precisamente nos estados do Pará e do Amapá. A caprichada trilha sonora é de autoria do maestro Luiz Avellar, e executada pela Orquestra de Praga. Carlinhos Brown canta o tema principal, a canção Toque Patoque, (com direito a clipe nos créditos finais), que tem tudo para encantar as crianças.

E mais: igual aos grandes heróis do cinema, Tainá agora também é trilogia…