TERROR “BONECO DO MAL” PECA PELA FALTA DE CRIATIVIDADE.

Por Celso Sabadin.

“Boneco do Mal” tem tudo aquilo que se espera de um filme de terror. O que é uma pena, pois o mais legal de um filme de terror é que ele tenha tudo aquilo que não se espera. Quando a gente já espera, os sustos não acontecem. E provavelmente este é o principal problema do filme: a sua falta de inventividade.

Tudo começa quando a jovem norte-americana Greta (Lauren Cohan, (a Maggie de “The Walking Dead”) cruza o Atlântico para se empregar como babá numa estranha e isolada mansão inglesa (ah, as estranhas e isoladas mansões inglesas…). Lá chegando, ela descobre que o garoto do qual ela deve cuidar é, na verdade, um boneco que seus não menos estranhos pais cuidam como se fosse um menino de verdade.

A partir daí, tanto o roteiro da estreante Stacey Minear, como a direção de William Brent Bell seguem pelo mesmo caminho: o da previsibilidade. A curiosidade de “Boneco do Mal” é que ele faz parte da estratégia de alguns estúdios norte-americanos de coproduzirem com a China, visando aquele gigantesco mercado asiático ainda bastante fechado para o ocidente. Pena que o filme não tem nem um pouquinho da inspiração dos bons suspenses e terrores orientais.