“UM AMOR IMPOSSÍVEL”, SIMBIÓTICO E AUTODESTRUTIVO.

Por Celso Sabadin.
 
Anos 1950. Ainda era recente o final da Segunda Guerra Mundial. Ainda era recente a conscientização sobre a importância das mulheres nesta nova sociedade ocidental do pós-guerra. Ainda era extremamente predatória a cultura do machismo (como de fato ainda é).
 
É neste cenário de profundas transformações sociais que Rachel (Virginie Efira) e Phillippe (Niels Schneider) se conhecem e começam a namorar. Ela, uma bela, simples e romântica secretária; ele, um rapaz brilhante, inteligente e poliglota vindo de uma família rica. Tudo parece correr bem, até o momento em que Phillippe, extremamente pragmático e não demonstrando nenhuma emoção, simplesmente comunica a Rachel que, por mais que o namoro pareça promissor, ele não tem nenhuma intenção de se casar. O que potencialmente seria um balde de água fria para a jovem sonhadora se transforma num catalisador para uma relação doentia e simbiótica, na qual a falta de caráter de Phillipe acende em Raquel seus piores instintos de baixo estima e autodestruição.
 
Tudo piora quando deste mais do que problemático relacionamento nasce uma filha, potencializando ainda mais as ramificações que o título do filme possa sugerir.
Com direção de Catherine Corsini e roteiro de Laurette Polmanss em parceria com a diretora, “Um Amor Impossível” é baseado no livro que a escritora e dramaturga Christine Angot publicou em 2014. De narrativa clássica e linear, o filme apresenta uma reconstituição de época de encher os olhos, e obteve quatro indicações ao César.
 
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