UM “CHURCHILL” PARA OS FÃS DE HISTÓRIA.

por Celso Sabadin.

Ainda que se chame “Churchill”, o filme não é exatamente uma cinebiografia do famoso primeiro ministro britânico.  Com roteiro da escritora, historiadora e jornalista Alex von Tunzelmann, o longa fixa-se apenas nos dias que antecederam à histórica invasão da Normandia durante a Segunda Guerra Mundial, sob o ponto de vista de Winston Churchill, aqui em competente interpretação de Brian Cox. De acordo com o roteiro, era ele a única voz dissonante sobre a operação conhecida como “Dia D”. Traumatizado por uma ação semelhante que havia fracassado durante a guerra anterior, onde centenas de milhares de homens foram sacrificados, Churchill foi frontalmente contra a invasão, tornando-se voto vencido e sendo colocado à deriva nas grandes decisões que envolviam o alto comando aliado. Entre o presidente norte-americano Dwight Eisenhower e o próprio Rei da Inglaterra, Churchill torna-se mero objeto decorativo naquele importante momento da Guerra, levantando questões sobre a absolescência do próprio ser humano.

Com direção sóbria de Jonatham Teplitzky (que havia realizado um trabalho bem mais emocionante em “Uma Longa Viagem”), o filme deve interessar mais os fãs de História que propriamente os de Cinema.

Curiosamente, Winston Churchll será novamente retratado pelo cinema em “O Destino de um Nação”, previsto para estrear em 2018, e que terá Gary Oldman no papel principal.

“Churchill” estreia nesta quinta, 5 de outubro.