“UM DIA DIFÍCIL” CONFIRMA A FORÇA DO CINEMA SUL-COREANO.

Por Celso Sabadin.

Novamente o cinema sul coreano volta a surpreender. E positivamente. Quase sempre bastante criativo e hábil na difícil tarefa de misturar gêneros, o cinema produzido na Coreia do Sul tem encontrado boa receptividade por parte de um público atento às novidades da tela. “Um Dia Difícil” confirma esta tendência.

Lembrando o scorsesiano “Depois de Horas”, a trama se inicia armando uma verdadeira noite de pesadelos para o detetive Gun-su: retornando do funeral de sua mãe, ele atropela inadvertidamente um homem em uma rua escura e entra em pânico. No desespero de não ser descoberto, Gun-su acaba escondendo o corpo do atropelado no mesmo caixão de sua mãe, dando início a uma eletrizante mistura de suspense, policial e comédia de humor negro. E isto é só o começo.

“Um Dia Difícil” é apenas o segundo longa do roteirista e diretor Seong-hoon Kim, e já arrebatou um punhado de prêmios e indicações em festivais asiáticos. Seu trabalho anterior (uma comédia com o gigantesco título de “Ae-jeong-gyeol-pil-i doo nam-ja-e-ge mi-chi-neun yeng-hyang”, que eu não faço a mínima ideia do que possa significar) foi recebido sem entusiasmo, mas seu próximo trabalho, “O Túnel”, promete altas doses de suspense e claustrofobia ao retratar o desespero de um homem preso num túnel desabado.