“UMA JANELA PARA O MAR” REFLETE SOBRE AS OPÇÕES DIANTE DA VIDA.

Por Celso Sabadin.

Maria (Emma Suárez, a personagem título do “Julieta” de Almodóvar) recebe a sempre avassaladora notícia de ter câncer. Evidentemente abalada, decide desmarcar a viagem para a Grécia, que faria com as amigas. Porém, uma segunda ideia lhe vem à mente: aproveitar melhor as férias, as amigas e a vida. Outras “segundas ideias” lhes virão à mente, durante este doloroso processo de reflexão.

Luis Moya e Luis Gamboa, que assinam o roteiro de “Uma Janela para o Mar” em parceria com o diretor Miguel Ángel Jiménez, são nomes experientes em minisséries para a televisão e para o streaming produzido na Espanha (incluindo o festejado “A Casa de Papel”), o que talvez explique um certo nivelamento mediano da linguagem utilizada em “Uma Janela Para o Mar”.

Não se trata exatamente de um longa que prima pela inventividade de seus caminhos dramatúrgicos, tampouco pelo refinamento de sua narrativa cinematográfica, mas inevitavelmente provoca a reflexão pelas opções que fazemos na vida e – principalmente – pela inevitabilidade de sua finitude.

Coproduzido por Espanha e Grécia, e rodado em belíssimas locações nas ilhas gregas, “Uma Janela para o Mar” chega aos cinemas brasileiros nesta quinta, 14/10.