“UMA PRIMAVERA COM MINHA MÃE” DISCUTE AS POSSIBILIDADES DA MORTE.

O diretor Stéphane Brizé e o ator Vincent Landon voltam a trabalhar juntos após os bons resultados do filme anterior da dupla, “Mademoiselle Chambon”. E novamente temos aqui o tom intimista e reflexivo tão característico produção cinematográfica feita na França.

Landon, que vem se constituindo solidamente num novo indicador de qualidade do cinema francês, interpreta um caminhoneiro que acaba de sair da cadeia. Se o mercado de trabalho europeu já não está fácil para as pessoas em geral, quanto mais para um ex-presidiário quase cinquentão. Mas quando se pensa que o filme enfocará a questão social do desemprego, o roteiro nos acena com uma outra possibilidade diametralmente oposta, e muda o tom para a questão individual da morte e do direito de se morrer dignamente. A partir daí, “Uma Primavera com Minha Mãe” esmiúça, com grande sobriedade, o tema da inexorabilidade da morte e suas maneiras de encará-la, sempre com marcantes interpretações e o registro minimalista e naturalista que contrasta com os grandes temas da vida. E da morte.

O filme foi indicado ao Cesar 2013 de Melhor Ator, Melhor Atriz (Hélène Vincent), Roteiro e Direção.