Afinal, como anda o caso “Chatô”?

Um dos maiores mistérios do cinema brasileiro recente é o caso do filme “Chatô”, que já teria consumido mais de 12 milhões de reais, e ainda não estaria sequer finalizado. As últimas informações sobre o filme (ou o não-filme)dão conta que o ator e diretor Guilherme Fontes (foto) terá de responder legalmente por sonegação fiscal. A Justiça acatou denúncia do Ministério Público Estadual, que acusa a empresa de Fontes de não recolher ISS (Imposto sobre Serviços) na capital fluminense entre 1995 e 1997, durante as filmagens de “Chatô – O Rei do Brasil”.
Segundo o MPE, os cofres da Prefeitura do Rio de Janeiro foram lesados em R$ 258.432,05, pois a produtora Guilherme Fontes Filmes deixou de emitir notas fiscais no Rio, onde está sua sede – em vez disso, o fez em Guararema (SP). A denúncia foi aceita na última sexta-feira, dia 15.
Através da análise dos documentos da produção, os técnicos do Tribunal de Contas da União apontaram ilegitimidade nas notas fiscais. O MPE afirma que o maior desfalque na arrecadação do ISS ocorreu no período entre outubro de 1995 e setembro de 1997, quando a empresa não emitiu documentos fiscais nem lançou o movimento na escrita fiscal ou em diário autenticado.
A primeira audiência, em que Fontes será interrogado, está marcada para o dia 3 de julho, na 19ª Vara Criminal do Rio.
A novela promete ser longa.