AGORA EM DVD, “A MARGEM DA LINHA” INVESTIGA A ARTE CONTEMPORÂNEA DO BRASIL.
Cores, formas, luzes, volumes, sombras, perspectivas, silhuetas… ideias.
A arte explode em todas as suas dimensões em A MARGEM DA LINHA, documentário em longa-metragem que convida o público para uma empolgante e lúdica viagem cinematográfica pelo universo da Arte Contemporânea.
Com roteiro e direção de Gisella Callas, A MARGEM DA LINHA costura com precisão e criatividade depoimentos de artistas plásticos, críticos, curadores e até um Lama Budista, além de – por que não? – profissionais ligados à Matemática, Arquitetura, Museologia e Física Quântica. E extrai de seus depoentes as mais provocativas confissões, descobertas e reflexões, entremeadas por belíssimas imagens de nossa produção artística recente. Com depoimentos de Regina Silveira, José Staniol, Leda Catunda, entre outros, o documentário serve como material de pesquisa e história da nossa Arte Contemporânea.
“As respostas às perguntas propostas foram distribuídas pelo documentário seguindo seu conteúdo e todos os sentidos e significados que surgiram neste diálogo, construindo, assim, uma ampla rede de pensamentos que se complementam ou contrapõem abrindo várias possibilidades de percepção e entendimento”, afirma a diretora Gisella Callas.
O que é Arte? O que não é? Para que ela serve? A quem ela serve? Como ela nasce? Estas e outras perguntas NÃO serão respondidas pelo documentário A MARGEM DA LINHA: o filme, assim como a própria Arte, não busca respostas, mas sim inquietações.
A MARGEM DA LINHA está estruturado em seis capítulos:
1ª DIMENSÃO – O PONTO
O olhar
A idéia
O atelier
A Inspiração e a Intuição
2ª DIMENSÃO – O PLANO
O desenho
A cor
A pintura
A forma
A palavra
A sombra
3ª DIMENSÃO – O ESPAÇO
A cidade
A matéria
O reflexo
4ª DIMENSÃO – O TEMPO
O Passado: A Arte Moderna e a Arte Contemporânea
O Presente : A imagem
A crítica
A curadoria
A espetacularização da Arte
O Futuro: O que é e o que não é Arte
5ª DIMENSÃO – O ETERNO E O EFÊMERO
O efêmero
Do pó ao pó
A luz
O eterno
6ª DIMENSÃO – O CRIADOR E A CRIAÇAO
A Obra e o Artista
Para que serve a Arte ?
Depoimentos
Os depoimentos de Regina Silveira, Sérgio Sister e José Spaniol, três grandes artistas plásticos brasileiros, conduzem a espinha dorsal do documentário, além de entrevistas realizadas com críticos, curadores e profissionais de áreas não diretamente ligadas à Arte, como Física Quântica e Matemática.
Os depoentes são os seguintes:
O fascínio que Regina Silveira tem por sombras e representações é o desdobramento de sua metódica constatação de que o problema da representação das coisas permanece insolúvel. A maneira de tratá-lo garantiu à artista uma posição única dentro da cena artística contemporânea. Regina Silveira é uma artista que faz do conceito o corpo de sua investigação e da sua obra. A idéia é sua matéria prima. E traduzi-la visualmente, é seu projeto como artista. Nesse sentido é que ela se põe a especular sobre a maneira como cada coisa, quando tocada pela luz, tem seu volume trocado por um plano de negro, ou, similarmente, como cada coisa, quando contemplada por um olhar atento, pode ser transposta para um plano que tanto pode se r de papel ou monumentalmente amplificado para o espaço de um museu ou para a parede cega de um prédio.
Sergio Sister é justamente considerado como um dos protagonistas do debate que a pintura vem tendo no nosso país. Desde muito tempo filiado à abstração, sua pintura ficou conhecida pela sutileza, pelo modo como sempre obrigou o olho do espectador a se desacelerar, com o propósito de fazê-lo perceber, por intermédio da variação de suas pinceladas, a correspondente variação de luz na superfície da tela. Um trabalho que tomou por princípio a discrição e a economia de meios não podia mesmo ter um êxito imediato junto ao público, sempre mais interessado em soluções mais extrovertidas. Mas quando foi apresentado na Bienal de São Paulo, o que aconteceu na 25ª. edição, em 2002, o público terminou por se conscientizar da profundidade das lições de sua pintura. De olho em uma das mais notáveis contribuições plásticas da história recente da nossa arte, qual seja, os “objetos ativos” de Willys de Castro, o artista anda preparando uma série de objetos pictóricos: ripas pintadas e escoradas umas as outras e na parede, que lança para mais longe os limites da pintura.
Com pós-graduação pela Academia de Dusseldorf na passagem dos anos 80 para os 90, José Spaniol é um dos artistas cuja solidez de formação permite que trafegue pelas mais variadas expressões artísticas, estabelecendo relações, subvertendo sentidos, criando instigantes problemas aos olhos de quem trava contato com seus trabalhos. Desde o começo as pinturas de José Spaniol desejavam o espaço, pareciam ganhar peso e corpo, terminando por se projetarem para fora da parede. Passar dessas pinturas para esculturas, objetos e instalações foi uma questão de tempo. Da arquitetura aos objeto s, José Spaniol passou a realizar uma série de objetos derivados de sua instalação, “O descanso da sala”. Realizada originalmente em metal de modo a ser colocada em um parque na cidade de Curitiba, essa instalação é composta por um conjunto de objetos domésticos que, como se fossem espelhados,duplicam-se no ar, como se sonhassem com um outro espaço, um lugar de onde escapassem de suas obrigações cotidianas.
E mais:
Agnaldo Faria, historiador, curador e crítico de arte; Moacir dos Anjos, curador; Alberto Tassinari, crítico; David Barro, crítico e curador; Adolfo Montejo, crítico de arte; Marco Gianotti, artista plástico; Leda Catunda, artista plástica; Célia Euvaldo, artista plástica; Ana Paula dos Santos Montes, responsável pelo acervo do MAM; Marcelo Araújo, diretor da Pinacoteca do Estado de São Paulo; Prof. Dr. Ton Marar, matemático; Haron Cohen, arquiteto, museógrafo e curador; Lama Padma Samten, físico quântico; Lorenzo Mammí, crítico de arte; Miguel Chaia, colecionador; Isis Baldini, restauradora; Nicole Mouracade, artista plástica e Fabiano Marques, artista plástico.
A cineasta
Gisella Callas
Trabalhou como fotógrafa, retratista, para revista Vogue. Fundou em 1994 a CINERAMA FILMES, que produziu e lançou em 1995 seu primeiro curta metragem “The Main Dish” 11min, 35 mm, P&B. Produzido em Nova Iorque e vendido para TV a cabo Canal Bravo Brasil (atual Film & Arts). Exibido em São Paulo, Nova Iorque (Tribecca Film Center), Toronto e Dresden.
Em 2000 assina a produção, direção e roteiro do curta metragem “Do Amor” 11min, 35mm, cor, produzido em São Paulo, lançado em 5 de outubro de 2001, em 36 salas de cinema do circuito comercial de São Paulo. (Grupo Haway). “Do Amor” integrou a seleção oficial de festivais nacionais e internacionais, como o de Gramado, Karlovy Vary, Algarve, San Diego, Recife, Foley Film Fest ival, e também participou da Abertura da Mostra do Audiovisual Paulista, em 2001.
Em A Margem da linha Gisella Callas também assina a Produção, Roteiro e Direção.
A produtora
A Cinerama Films foi fundada por Gisella Callas em 1994. Sua primeira produção foi o curta-metragem “The Main Dish” produzido em Nova Iorque. Este curta foi o primeiro do gênero a ser vendido para a TV a cabo brasileira. No ano 2000, Cinerama produz “Do Amor”. Este curta, no ano seguinte, foi projetado em todas as sessões da Rede Haway antes da exibição do longa em cartaz, em suas 36 salas de cinema. Em 2008, produz o documentário “A Margem da Linha”, que foi exibido em salas comerciais de 9 capitais brasileiras. Em 2009, torna-se também distribuidora.
Ficha Técnica
A MARGEM DA IMAGEM
Produção: Cinerama Filmes
Roteiro e Direção: Gisella Callas
Produção: Gisella Callas
Direção de Fotografia: Carlos Ebert, ABC
Direção de Produção: Wanessa Prado
Direção Musical: Willian Pereira
Som Direto: Alfredo Guerra
Edição: Anna Turra
Edição de Som: Beto Ferraz
Trilha Musical: Quintal Brasileiro
Colaboradores:
Agnaldo Faria, Adolfo Montejo, Felipe Chaimovich, Leda Catunda, Célia Euvaldo, Marco Gianotti.
. Disponível nas livrarias: Cultura, Saraiva, Livraria da Vila e Fnac, e também em lojas de museus de São Paulo.
Quando: a partir de 10 de dezembro
Preço: R$39,90
Acesse o trailer: http://www.youtube.com/user/cineramasp