BRASIL PERDE O HUMOR DE ANKITO.

Faleceu na última segunda-feira (30) aos 85 anos, o comediante paulistano Anchizes Pinto, o popular Anckito. Nascido a 26 de fevereiro de 1924, Anchito era de família circense; seu pai foi o palhaço Faísca e seu tio o inesquecível Piolin. Ankito aos sete anos estreia no picadeiro como o palhaço Espoleta.
Aos dezoito anos Ankito passa a integrar – graças à experiência adquirida nos picadeiros – o elenco do mítico ‘Cassino da Urca’ como acrobata clássico – o que na época era tido como prática desportiva – como parte da dupla ‘Vicky & Anky’.
Ankito venceu cinco vezes a competição sul-americana da acrobacia clássica.
Após o ‘Cassino da Urca’, vai trabalhar no Teatro Copacabana com seu novo parceiro Mory, ainda como acrobata, quando é chamado para participar de um show com Mesquitinha no Teatro Folies, também em Copacabana. Uma noite, a pedido de Ruan Daniel, dono do teatro, substitui Mesquitinha que estava adoentado e, assim nasce o Ankito ator e comediante.
Com a carreira em franca ascensão, Ankito passa dos palcos para as telas onde se tornaria, junto com Oscarito e Grande Otelo, um dos três maiores nomes da chanchada brasileira. Estreia em 1952 na comédia dirigida por Watson Macedo “É Fogo na Roupa”, com Violeta Ferraz e Heloisa Helena. Entre os 56 filmes que fez, estão glórias do gênero como: “Os Três Recrutas” (1953), “Marujo Por Acaso” (1954), “O Rei do Movimento” (1955), “O Feijão é Nosso” (1955), “O Grande Pintor” (1955), “Angu de Caroço” (1955), “O Boca de Ouro” (1956) e “Sai Dessa Recruta” (1960).

Ankito lançou recentemente sua biografia “Ankito, minha vida… meus humores”, editado pela ‘Funarte’ (Fundação Nacional de Artes), escrito pela atriz e Denise Casais, com quem estava casado há quase 25 anos.