BRASILEIROS “CORES”, “ACALANTO” E “SERRA PELADA” VENCEM FESTIVAL EM LISBOA.
Cores, filme de estreia do realizador brasileiro Francisco Garcia e o documentário português De Armas e Bagagens, de Ana Maria Delgado, foram os grandes vencedores da 5ª edição do FESTin – Festival de Cinema Itinerante da Língua Portuguesa, que aconteceu de 2 a 9 de abril, em Lisboa.
CONFIRA A LISTA DE VENCEDORES
Melhor Longa-metragem (Júri): CORES, de Francisco Garcia (Brasil)
Melhor Documentário (Júri): DE ARMAS E BAGAGENS, de Ana Delgado Martins (Portugal).
Melhor Curta-metragem (Júri): ACALANTO, de Arturo Sabóia (Brasil)
Melhor Realização (Júri): FRANCISCO GARCIA (Brasil)
Melhor Atriz (Júri): SIMONE ILIESCU, do filme Cores (Brasil)
Melhor Ator (Júri): JULIANO CAZARRÉ, de Serra Pelada (Brasil)
Menção Honrosa (Júri de longa-metragem): IMPUNIDADES CRIMINOSAS, do realizador Sol de Carvalho (Moçambique)
Menção Honrosa (Júri de curta-metragem): Leve-me Pra Sair, do realizador José Agripino (Coletivo Lumika), Brasil.
Melhor Longa-metragem escolhida pelo público: SERRA PELADA, de Heitor Dhalia (Brasil)
Melhor Curta-metragem escolhida pelo público: Perto, de José Retré (Portugal)
Melhor Documentário escolhido pelo público: Azul Alvim, de José Paulo Valente (Portugal)
Nesta 5ª edição foram entregues prêmios em oito categorias: longa-metragem, curta-metragem, documentário, ator, atriz e realizador, além dos habituais prêmios do público, que teve oportunidade de votar nas três principais categorias de filme.
Entre as dez longas-metragens em competição, a escolha do júri constituído por Ricardo Cabaça, Letícia Constant e João Cayatte (Presidente do júri) recaiu sobre Cores “pela densidade poética e ousadia estética de um filme em branco e preto apesar de se chamar Cores”, ressalvou Letícia Constat, “um filme que através do não dito, do silêncio, diz a palavra que procuramos”, concluiu. O filme arrebatou ainda o prêmio de melhor realizador, para Francisco Garcia, e atriz, para Simone Lliescu. O realizador Francisco Garcia não pôde estar presente, mas enviou uma mensagem de agradecimento ao júri e ao festival, na qual explicou “CORES é meu primeiro filme de longa-metragem. Um filme que fala sobre amizade, minha geração e sobre o momento histórico de meu país. Bastante pessoal, CORES é um filme de baixo orçamento, rodado no meu bairro, sobre o meu universo e com atores amigos desconhecido”. O Embaixador da Missão do Brasil junto à CPLP, José Roberto de Almeida Pinto, subiu ao palco para entregar o prêmio principal no valor de 1500 euros. O júri atribuiu ainda uma menção honrosa ao filme Impunidades Criminosas, do moçambicano Sol de Carvalho, que dedicou o prêmio às mulheres que em Moçambique continuam a resistir ao problema da violência doméstica. Serra Pelada do brasileiro Heitor Dahlia conquistou os prêmios do público e de melhor ator para Juliano Cazarré.
Nesta 5ª edição o FESTin contou com a presença de 54 convidados, entre realizadores e outros representantes de filmes. Dedicou uma atenção especial aos 40 anos do 25 de Abril, assinalando paralelamente os 50 anos do golpe militar no Brasil, acontecimentos que marcaram a história recente de todos os países lusófonos. Pela primeira vez convidou um país não lusófono a integrar a programação do festival, escolhendo França para inaugurar este novo espaço pelo forte incentivo às coproduções com países africanos. Cabo Verde foi o quinto país lusófono a ser homenageado no festival, com a exibição de um conjunto de filmes recentes e produções mais antigas.