BREVE, EMBAÚBA PLAY, A PLATAFORMA DO CINEMA CONTEMPORÂNEO BRASILEIRO.

A partir de 14 de maio, a cinefilia nacional conta com uma nova plataforma, a EMBAÚBA PLAY, com uma proposta inédita no país: oferecer boa parte da produção nacional recente, a preço acessível, trazendo inclusive obras inéditas em circuito comercial, que foram exibidas apenas em festivais. Esta é uma plataforma especializada em cinema brasileiro contemporâneo, que organiza e facilita o acesso aos longas, médias e curtas, a partir de um recorte curatorial. Outra particularidade do serviço é que o aluguel será avulso, assim não será necessário fazer uma assinatura fixa. O valor dos longas-metragens é menos que 10 reais (1,50 dólar) e os filmes podem ser vistos em até 72 horas. Além disso, haverá também diversos conteúdos gratuitos.

Daniel Queiroz, curador da plataforma, acredita que “as pessoas que se interessam por cinema reconhecerão, na EMBAÚBA PLAY, um porto seguro para encontrar bons títulos, que fujam do óbvio, e que irão se dispor a pagar pelos conteúdos, por saberem que desta forma vão estar contribuindo de forma direta com os filmes (que ficam com 60% dos recursos arrecadados) e com a manutenção da própria plataforma”.

“A nossa intenção sempre foi justamente ampliar as possibilidades de circulação de obras que nos interessam, tornar acessíveis alguns filmes que dificilmente seriam vistos fora do circuito de mostras e festivais. Sabemos que o cinema brasileiro viveu, num passado recente, um de seus melhores períodos, tanto em termos de quantidade, quanto em termos de qualidade. Mas se a produção vinha crescendo, num bom momento, a distribuição e a exibição seguiam sendo gargalos, desafios a serem enfrentados por aqueles que acreditam na importância de ampliar a difusão dos filmes.”

Já no seu lançamento, a EMBAÚBA PLAY conta com mais de 300 títulos, trazendo obras de nomes de ponta do cinema independente nacional, como Adirley Queirós, Affonso Uchôa, André Novais Oliveira, Bruno Safadi, Felipe Bragança, Gabriel Mascaro, Guto Parente, Helena Ignez, Juliana Rojas, Kleber Mendonça Filho, Leonardo Mouramateus, Marcelo Caetano, Marcelo Pedroso, Marco Dutra, Marília Rocha, Maya Da-Rin, Paula Gaitán, Renata Pinheiro, Rodrigo de Oliveira, Sandra Kogut e Thiago Mendonça.

Traz também filmes de cineastas que se destacam pelos seus trabalhos em curta metragem, como Ana Carolina Soares, Fábio Leal, Distruktor, Karen Akerman, Marcellvs, Marco Antônio Pereira, Marcos Curvelo, Rafael Urban, Sávio Leite e Thais Fuginaga.

“O projeto surge de um incômodo antigo com a dificuldade de acesso a muitos filmes brasileiros incríveis que, depois de exibidos no circuito de mostras e festivais, por vezes somem do mapa. A plataforma começou a ser concebida em 2013, bem antes desse boom de plataformas que estamos vivendo”, explica Queiroz. “O diferencial da EMBAÚBA PLAY é o seu acervo, o conjunto de obras reunidas, que dão a conhecer parte significativa da produção brasileira recente, em especial filmes de perfil mais independente, muitos dos quais ainda não estão disponíveis em nenhuma das grandes plataformas de streaming. Também haverá a disponibilização de filmografias de nomes importantes do cinema brasileiro contemporâneo, que muitas vezes são conhecidos apenas pelos longas-metragens ou pelos filmes mais recentes.”

Com uma trajetória de programador e curador, Queiroz acompanha o cinema brasileiro por mais de duas décadas, e explica que “mais do que a escolha de filmes pontuais, foi feita uma seleção de cineastas, com filmografias relevantes construídas, em boa medida, nos últimos 10, 15 anos. Destes cineastas, convidamos vários títulos para compor a plataforma, incluindo curtas e médias metragens, com a preocupação de tornar disponíveis não apenas seus filmes mais conhecidos, mas também suas obras mais antigas e que tiveram menor circulação.”

Para o seu lançamento, EMBAÚBA PLAY disponibilizará uma mostra gratuita e inédita de filmes brasileiros, com um mês de duração. Essa mostra foi viabilizada pela Lei Aldir Blanc, por meio do Estado de Minas Gerais. Ela conta com a participação de quatro curadores convidados: Ewerton Belico, Júnia Torres, Tatiana Carvalho Costa e Victor Guimarães, que selecionaram produções contemporâneas dividas nos seguintes programas: “Também somos rascunhos”, com obras biográficas (Ewerton Belico); “A Fluidez da Forma no Cinema Indígena” (Júnia Torres), “Orgia ou O Cinema que deu cria”, com filmes que flertam com o cinema de invenção (Victor Guimarães), e “Testemunhar, fabular, existir – modulações de um QuilomboCinema brasileiro contemporâneo”, com curtas-metragens recentes de realizadores negros (Tatiana Carvalho Costa).

Essa programação traz mais de 40 títulos da produção nacional, muitos deles inéditos em circuito e streaming. Alguns dos destaques são: “Batguano”, de Tavinho Teixeira; “Vida”, de Paula Gaitán; “Santos Dumont: Pré-Cineasta”, de Carlos Adriano; “Urihi Haromatipe – Curadores da Terra Floresta, de Morzaniel Yanomami; “Yãmiyhex, as mulheres espírito”, de Sueli e Isael Maxakali; “Mundo Incrível Remix”, de Gabriel Martins; “ATL”, de Edgar Kanaykõ; “Obatala”, de Sebastian Wiedemann; “(Outros) Fundamentos, de Aline Motta; “Relatos Tecnopobres”, de João Batista Silva; “Remixcracho”, de Leo Pyrata e “Canto dos Osso”, de Jorge Polo e Petrus de Bairros.

Além destas mostras dos curadores convidados, no lançamento da EMBAÚBA PLAY também haverá uma retrospectiva do cinema brasileiro contemporâneo na programação intitulada “10+15 – Pulsões de um cinema brasileiro”, com 10 longas e 15 curtas, produzidos na última década.

Completam a programação da mostra inaugural, 8 pré-estreias de títulos inéditos no circuito comercial, que fazem parte do catálogo da Embaúba Filmes, como “Espero que esta te encontre e que estejas bem”, de Natara Ney; “Kevin”, de Joana Oliveira e “Eu, Empresa”, de Leon Sampaio e Marcus Curvelo e 2 lançamentos, filmes que são totalmente inéditos, terão sua primeira exibição na mostra: “Aqui jaz teu esquema”, de Gabraz Sanna e “Brizolão”, de Jéferson.

A Mostra contará ainda com duas exibições especiais. Na abertura e também no encerramento, será apresentado o curta “Sem Título #1 – Dance of Leitfossil”, de Carlos Adriano. “A grávida da cinemateca”, dirigido por Christian Saghaard, será apresentado em programa especial, como forma de se chamar a atenção para o descaso do Governo Federal com a Cinemateca Brasileira.

A Embaúba Play é um projeto realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, com patrocínio da UNI BH.

EMBAÚBA PLAY

[http://embaubaplay.com]

[longas – 1,50 dólar; curtas e médias – 1 dólar ]

*os valores são informados em dólar pois a plataforma utiliza o serviço “vimeo on demand” para a hospedagem dos filmes e esse ainda não possui a possibilidade de cobrança em reais; para o pagamento, faz-se necessário utilizar cartão de crédito ou uma conta pay-pal.