DATAFOLHA: BRASILEIRO CURTE FILME BRASILEIRO. MAS VÊ POUCO.

Matéria da jornalista Silvana Arantes, da Folha de S. Paulo, revela que o cinema brasileiro “recuperou o respeito do público”. Segundo o jornal, em pesquisa realizada pelo Datafolha na capital paulista, 65% dos adultos que têm o hábito de ver filmes consideram os títulos brasileiros ótimos ou bons. Entre os espectadores que vão com mais freqüência ao cinema – ao menos uma vez por mês – o índice é maior, de 70%.
A pesquisa foi realizada com 598 pessoas entre os últimos dias 8 e 10 de maio. “A opinião dos paulistanos sobre a cinematografia nacional era inversa há 13 anos – informa m matéria. Em 1995, 63% consideravam os filmes brasileiros como regulares, ruins ou péssimos. A parcela dos que achavam os títulos nacionais ótimos ou bons era de 32%.

Porém, entre os dez filmes mais vistos no país neste ano, apenas um é brasileiro -“Meu Nome Não É Johnny” (foto), de Mauro Lima, que ocupa o terceiro lugar, com 2,1 milhões de espectadores.
A pesquisa Datafolha identificou também que 64% dos paulistanos assistiram a algum filme brasileiro nos últimos 12 meses, sendo que 44% o fizeram em DVD ou VHS.
Os maiores consumidores de filmes brasileiros têm entre 16 e 40 anos, pertencem às classes A, B e C, têm nível médio ou superior de escolaridade, são solteiros, trabalham e não têm filhos.
O hábito de ver filmes em casa é a segunda opção cultural favorita dos paulistanos e também a segunda mais freqüente. Perde apenas para o de ouvir música.
A parcela de cinéfilos entre a população adulta da cidade, aqueles não abrem mão de ir ao cinema ao menos uma vez por mês, é de 24%.
A indústria de vídeo doméstico não se mostra desatenta ao interesse do espectador por títulos nacionais.
No ano passado, 103 filmes brasileiros foram lançados em vídeo, de acordo com levantamento da Ancine (Agência Nacional do Cinema).