Depois de 20 anos, Zé do Caixão volta com “Encarnação do Demônio”

Foram 20 anos sem filmar e o cineasta José Mojica Marins, o Zé do Caixão, está de volta com o filme “A Encarnação do Demônio”. O longa, com estréia prevista para agosto, foi filmado contra os moldes de produção artesanal do cineasta.
Nos anos 70, o diretor filmava com uma equipe minúscula numa sinagoga abandonada do Brás. Bem diferente de seu novo filme, que contou com um orçamento superior a R$ 2 milhões e dispões de equipe técnica altamente profissionalizada, de 70 pessoas, 1.000 figurantes e figurinos especialmente desenhados para o filme.
Produzido por Paulo Sacramento (Amarelo Manga), “A Encarnação do Demônio”, além de exibição garantida no Brasil, tem olhos no mercado norte americano, onde Zé do Caixão é conhecido com Coffin Joe e possui público considerável.
Mesmo com ares de superprodução, o longa promete agradar aos fãs ortodoxos do “cineasta do inferno”. O filme, a exemplo de toda a carreira de Mojica, possui imagens de arrepiar. Numa das cenas mais impressionantes, uma mulher é jogada no meio de 3.000 baratas
Mojica descreve seu novo filme como um ‘festival de sadismo’, com uma cena de impacto a cada dez minutos. “Não vou deixar o espectador respirar”,promete.
Rodado à moda antiga, em película de 35mm, “A Encarnação do Demônio” deverá ter 1 hora e 40 minutos de duração, atendendo as normas internacionais do mercado exibidor.