DIRETOR DE “FLUIDOS” CONVERSA COM O PLANETA TELA.

“Fluidos”, o primeiro longa metragem feito ao vivo, misturando linguagens de teatro, TV e cinema, entra em cartaz nesta sexta-feira, 28 de agosto, agora evidentemente em sua versão já previamente editada.

Seu diretor, Alexandre Carvalho, conta ao Planeta Tela como foi a experiência.

Planeta Tela – Quantas exibições ao público foram feitas antes da gravação realizada no CineSesc, esta que está sendo exibida no cinema?
Alexandre – “Fluidos” foi apresentado ao vivo em três locais diferentes: no Centro Cultural São Paulo em maio de 2009, no Sesc Pompéia em novembro também de 2009 e no CineSesc em maio de 2010.
No Centro Cultural São Paulo foram três apresentações em finais de semana consecutivos, e no Sesc Pompéia aconteceu uma única apresentação. No CineSesc foram também três apresentações, mas num espaço de 24 horas, durante a Virada Cultural.

Planeta Tela – Houve uma certa troca de atores de uma gravação para outra, certo? Por que isso aconteceu?
Alexandre – Foram trocados os atores que interpretam o casal de namorados. Isso ocorreu por incompatibilidade de agendas e também porque eu queria fazer novas experiências de atuação, com novos atores.

Planeta Tela – E como foi dirigir vários núcleos ao mesmo tempo?
Alexandre – Eu ficava na mesa de edição ao vivo, em contato direto com os assistentes de núcleo. Esses, repassavam as informações para a equipe e para o. elenco.
O segredo foi ensaiar muito antes e ter uma equipe competente, porque na hora da apresentação em si, é impossível ter controle de tudo.

Planeta Tela – O público, ao entrar no cinema, sabia que teria esta experiência de ver o filme acontecendo enquanto o assistia?
Alexandre – O filme, na época da apresentação, foi divulgado como sendo feito ao vivo. Mas muitos embarcavam na história e esqueciam do lance do “ao vivo”. Tanto que se surpreendiam na cena em que as personagens estão dentro da sala de cinema.

Planeta Tela – E como era a resposta do público, quando acabava o filme e os atores apreciam ao vivo, dentro do cinema?
Alexandre – No fim da apresentação, todos os atores entravam na sala e recebiam os aplausos. Pelas opiniões colhidas, sinto que é um momento mágico para os espectadores, pois confirma que o filme estava sendo feito ao vivo. Também é o momento deles terem contato com os personagens pelos quais se identificaram através da tela.

Planeta Tela – Você pretende fazer novos filmes neste formato?
Alexandre – Tenho vontade de fazer um novo filme neste formato CineVivo, com outras inovações, mais câmeras, mais atores, equipe maior e estrutura mais complexa. Mas por enquanto são apenas projetos.

Planeta Tela – Uma pergunta “chatinha”: a proposta de fazer o filme ao vivo é diferente, mas ao exibi-lo no cinema depois de gravado não fica igual aos outros?
Alexandre – Minha idéia sempre foi fazer um filme que se comportasse como um longa tradicional, independente de ser exibido ao vivo ou não. Fico muito feliz do “Fluidos” ter “se tornado” meu primeiro longa-metragem de ficção e agora entrar em cartaz.