DOCUMENTÁRIOS DOMINAM A PREMIAÇÃO DO 35o. CINE CEARÁ.

Equatoriano “Eco de Luz” é eleito Melhor Longa-metragem Ibero-americano do 35º Cine Ceará e conquista quatro prêmios no festival.

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Cena de “Eco de Luz”, de Misha Vallejo. 

O 35º Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema terminou na noite desta sexta-feira (26), em Fortaleza, com o anúncio dos vencedores e exibição especial do longa-metragem “Morte e vida Madalena”, de Guto Parente, que tem conquistado destaque nacional e internacional. Com cerimônia no Cineteatro São Luiz, o filme equatoriano “Eco de Luz”, de Misha Vallejo, foi eleito pelo Júri Oficial o Melhor Longa-metragem da Mostra Competitiva Ibero-americana, conquistou também o troféu Mucuripe de Melhor Roteiro e Melhor Montagem, e o Prêmio da Crítica Abraccine/Aceccine de Melhor Longa.

 

O longa dirigido por Misha é centrado na história da família do próprio diretor, que também é fotógrafo e usa a câmera do avô para tentar se conectar com esse homem que ele nunca conheceu. O filme foi exibido no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã (IDFA), no Festival de Cinema de Guadalajara e Festival Internacional de Cinema de Cartagena das Índias.

 

Também foi destaque entre os vencedores o longa “Al oeste, en Zapata”, de David Beltrán i Mari, coprodução Cuba/Espanha, agraciado em três categorias: Melhor Direção, Melhor Fotografia e Melhor Som.

 

Da Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, “Minha Mãe é Uma Vaca”, de Moara Passoni, coprodução Mato Grosso do Sul/São Paulo, levou o troféu Mucuripe de Melhor Curta.

 

Na Mostra Olhar do Ceará, o longa “Centro Ilusão”, de Pedro Diogenes, e o curta “Vermelho de Bolinhas”, de Joedson Kelvin e Renata Fortes, foram os vencedores do Troféu Mucuripe eleito pelo júri oficial.

 

HOMENAGENS

O anúncio dos filmes vencedores deu continuidade à programação do festival, iniciada no último sábado (20). A direção do Cine Ceará dedicou a 35ª edição a dois grandes nomes do cinema latino-americano: o cineasta cearense Rosemberg Cariry, que celebra 50 anos de carreira no audiovisual, e o argentino Fernando Birri, que completaria 100 anos e foi um dos fundadores do cinema latino-americano e presidente de honra do festival.

Antes de iniciar a cerimônia de premiação, o Cineteatro São Luiz prestou uma homenagem especial pelos 35 anos do Cine Ceará, como um símbolo de gratidão e parceria. Para este momento, subiram ao palco o diretor do Cineteatro, José Alves Netto, e o diretor do Cine Ceará, o cineasta Wolney Oliveira.

OS VENCEDORES DO 35º CINE CEARÁ

 

MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM

 

Por ter sido eleito Melhor Longa-metragem da Mostra Competitiva Ibero-americana, “Eco de Luz”, de Misha Vallejo, recebeu do festival, além do Troféu Mucuripe, o prêmio no valor de R$ 40 mil, a ser pago sob a forma de recursos para distribuição da obra no Brasil, dentro dos critérios do regulamento. O filme rendeu ainda para Misha Vallejo e Mayfe Ortega o Troféu Mucuripe de Melhor Roteiro, e para Andrés Cornejo o prêmio de Melhor Montagem. O documentário recebeu também o Prêmio da Crítica Abraccine/Aceccine de Melhor Longa-metragem Ibero-americano, concedido pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema e pela Associação Cearense de Críticos de Cinema.

 

Al oeste, en Zapata”, coprodução Cuba/Espanha, foi vencedor do Troféu Mucuripe em três categorias: Melhor Direção e Melhor Fotografia para David BiM, e Melhor Som para Jesús Bermúdez e David Beltrán.

 

Un Cabo Suelto”, coprodução Uruguai/Argentina/Espanha, de Daniel Hendler, recebeu dois prêmios oficiais: Melhor Atuação Principal para Sergio Prina, e Melhor Atuação Coadjuvante para Pilar Gamboa.

 

E “Esta Isla”, produção porto-riquenha de Lorraine Jones e Cristian Carretero, recebeu o Troféu Mucuripe de Melhor Trilha Sonora Original para Alain Emile; e Melhor Direção de Arte para Gerardo Veja.

 

MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM

 

Na Mostra Competitiva Brasileira de Curta-metragem, o troféu Mucuripe de Melhor Curta-metragem foi para “Minha Mãe é Uma Vaca”, coprodução Mato Grosso do Sul/São Paulo, de Moara Passoni. O júri oficial concedeu o prêmio de Melhor Direção para Caio Barretto Briso e Susanna Lira, do Rio de Janeiro, pelo documentário “Réquiem para Moïse”, e de Melhor Roteiro para Tássia Araújo, por “Boi de Salto”, produção piauiense agraciada também com o Prêmio Abraccine/Accecine de Melhor Curta-metragem Brasileiro.

 

Troféu Samburá de Melhor Curta-metragem, prêmio especial da mostra concedido pelo Jornal O Povo e o Vida & Arte, elegeu como Melhor Filme o curta paranaense “Thayara“, de Mila Leão, e como Melhor Direção o paulista de João Toldi, por “Brincadeira de Criança“.

 

O curta cearense “Peixe Morto”, de João Fontenele, venceu o Prêmio Canal Brasil de Curta-metragem, que tem o objetivo de estimular a nova geração de cineastas. O vencedor, além de receber o troféu Canal Brasil e um prêmio no valor de R$15 mil, vai entrar para a grade do canal, que há mais de 27 anos exibe curtas-metragens todos os dias.

 

MOSTRA OLHAR DO CEARÁ

 

O Troféu Mucuripe de Melhor Longa-metragem da Mostra Olhar do Ceará foi para a ficção “Centro Ilusão”, de Pedro Diogenes.

 

O vencedor do Troféu Mucuripe de Melhor Curta-metragem da Mostra Olhar do Ceará foi para o documentário “Vermelho de Bolinhas”, de Joedson Kelvin e Renata Fortes, que levou também o Prêmio Unifor de Cinema no valor de R$5 mil, concedido ao curta da mostra eleito pelo júri oficial.

 

EM OUTUBRO

 

Em outubro, o festival segue com a realização das Mostras Sociais – Mostra Melhor Idade (Dia 21, às 9h); Mostra O Primeiro Filme a Gente Nunca Esquece (Dia 22, às 8h30) e Mostra Acessibilidade (Dia 22, às 14h30) –, Oficina de Cinema de Animação com Telmo Carvalho (De 20 a 23/10), e Cine Itinerante com sessão ao ar livre da animação “Meu AmigãoZão – O Filme”, de Andrés Lieban, em Pindoretama (Dia 4, às 18h30), e em Aquiraz (dia 23, às 18h30) na Aldeia Jenipapo-Kanindé.

 

O 35º Cine Ceará é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Secretaria do Audiovisual e da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB); da Associação Cultural Cine Ceará; e da Bucanero Filmes. Tem o apoio institucional do Governo do Ceará, por meio da Secretaria da Cultura, via Mecenas do Ceará e Edital de Festivais Culturais Calendarizados (PNAB); e da Universidade Federal do Ceará, via Casa Amarela Eusélio Oliveira. Conta ainda com o apoio do Banco do Nordeste, do Itaú, do Complexo Portuário do Pecém, do Grupo Edson Queiroz, de Freitas e da Dominus Imobiliária e Corretora de Seguros, através da Lei Rouanet. Tem o Apoio Cultural da Enel e Cegás através do Mecenato Estadual. Patrocínio: Assembleia Legislativa do Estado do Ceará e Câmara Municipal de Fortaleza.

 

OS VENCEDORES

 

MOSTRA COMPETITIVA IBERO-AMERICANA DE LONGA-METRAGEM 

Prêmio: Troféu Mucuripe

 

Melhor Longa-metragem

‘Eco de Luz’, de Misha Vallejo (Equador)

(Troféu Mucuripe e cheque no valor de R$ 40 mil)

 

Melhor Direção

David Beltrán i Mari, por “Al oeste, en Zapata” (Cuba/Espanha)

 

Melhor Atuação Principal

Sergio Prina, por “Un Cabo Suelto”, de Daniel Hendler (Uruguai/Argentina/Espanha)

 

Melhor Atuação Coadjuvante

Pilar Gamboa, por “Un Cabo Suelto”, de Daniel Hendler (Uruguai/Argentina/Espanha)

 

Melhor Roteiro

Misha Vallejo e Mayfe Ortega, por “Eco de Luz”, de Misha Vallejo (Equador)

 

Melhor Fotografia

David Beltrán i Mari, por “Al oeste, en Zapata” (Cuba/Espanha)

 

Melhor Montagem

Andrés Cornejo, por “Eco de Luz”, de Misha Vallejo (Equador)

 

Melhor Trilha Sonora Original

Alain Emile, por “Esta Isla”, de Lorraine Jones e Cristian Carretero (Porto Rico)

 

Melhor Som

Jesús Bermúdez e David Beltrán, por “Al oeste, en Zapata”, de David Beltrán i Mari (Cuba/Espanha)

 

Melhor Direção de Arte

Gerardo Veja, por “Esta Isla”, de Lorraine Jones e Cristian Carretero (Porto Rico)

 

PRÊMIO DA CRÍTICA – ABRACCINE/ACECCINE – Associação Brasileira de Críticos de CinemaAssociação Cearense de Críticos de Cinema

Melhor Longa-metragem

“Eco de Luz”, de Misha Vallejo (Equador)

 

MOSTRA COMPETITIVA BRASILEIRA DE CURTA-METRAGEM 

Prêmio: Troféu Mucuripe

 

Melhor Curta-metragem

“Minha Mãe é Uma Vaca”, de Moara Passoni (Mato Grosso do Sul/São Paulo)

 

Melhor Direção

Caio Barretto Briso e Susanna Lira por “Réquiem para Moïse” (Rio de Janeiro)

 

Melhor Roteiro

Tássia Araújo por “Boi de Salto” (Piauí)

 

PRÊMIO DA CRÍTICA – ABRACCINE/ ACECCINE – Associação Brasileira de Críticos de Cinema/ Associação Cearense de Críticos de Cinema

Melhor Curta-metragem

“Boi de Salto”, de Tássia Araújo (Piauí)

 

PRÊMIO CANAL BRASIL DE CURTAS – Melhor Filme 

Troféu Canal Brasil e prêmio no valor de R$ 15 mil

“Peixe Morto”, de João Fontenele (Ceará)

 

TROFÉU SAMBURÁ – O Povo e Vida & Arte – Melhor Filme

“Thayara”, de Mila Leão (Paraná)

 

TROFÉU SAMBURÁ – O Povo e Vida & Arte – Melhor Direção

“Brincadeira de Criança”, de João Toldi (São Paulo)

 

MOSTRA OLHAR DO CEARÁ 

Prêmio: Troféu Mucuripe

 

Melhor Longa-metragem

“Centro Ilusão”, de Pedro Diogenes

 

Melhor Curta-metragem

“Vermelho de Bolinhas”, de Joedson Kelvin e Renata Fortes

Ganha também o Prêmio Unifor de Cinema

(Prêmio de R$ 5 mil para o Melhor Curta-metragem da Mostra Olhar do Ceará eleito pelo Júri Oficial)

 

JÚRI DO CINE CEARÁ

 

Mostra Ibero-americana de Longa-metragem:

Alejandro Bazzano (Cuba), Jorge Durán (Chile/Brasil), Katia Adler (Brasil), Marta Aurélia (Brasil) e Patricia Pérez (Cuba).

 

Mostra Brasileira de Curta-metragem:

Alfredo Calviño, Bianca Lenti, Julia Evangelista, Márcio Sallem e Roger Pires.

 

Olhar do Ceará:

Joana Claude, João Batista Silva, Lucas Vitor Scalioni, Marcus Antonius e Rosy Lueji

 

Abraccine/Aceccine:

Celso Sabadin, Eduarda Porfírio e Thiago Sena

 

Troféu Samburá:

Arthur Gadelha, Marcos Tardin, Chico Marinho, Raquel Aquino e Guilherme Gonsalves

 

Canal Brasil:

Diego Benevides, Lilianna Bernartt e Vitor Búrigo