É Tudo Verdade promove sessão seguida de debate sobre os anos de chumbo

Acontece nesse sábado (24) a partir das 16:00h, no Centro Cultural São Paulo, a exibição do documentário “Hércules 56″, seguida de debate com do diretor do filme Silvio Da-Ri, o professor do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, Marcelo Ridenti e o diretor de “Cabra Cega”, Tony Ventura.
O evento faz parte do É tudo Verdade- Festival Internacional de Documentários e a entrada é franca.
“Hércules 56″ tem previsão de estréia em maio e conta a história da luta armada contra o regime militar, focado no seqüestro do embaixador Charles Elbrick, ocorrido na semana da Independência de 1969. Em troca do diplomata, foi exigida a divulgação de uma manifesto revolucionário e a libertação de 15 presos políticos, representantes à época de todas as tendências políticas que combatiam a ditadura. Banidos do território nacional e com a nacionalidade cassada, eles foram conduzidos ao México no avião da FAB Hércules 56. Os personagens principais do filme são os remanescentes daquele grupo: José Dirceu, Agonalto Pacheco, Flávio Tavares, José Ibrahin, Maria Augusta Carneiro Ribeiro, Mario Zanconato, Ricardo Vilas, Ricardo Zarattini e Vladimir Palmeira. Os que já faleceram estão presentes através de materiais de arquivo: Luís Travassos, Onofre Pinto, Rolando Frati, João Leonardo Rocha, Ivens Marchetti e Gregório Bezerra. Em entrevistas individuais, eles relatam as condições de atuação política no final dos anos 1960, a prisão, a libertação, a curta permanência no México e o período vivido em Cuba, terminando por avaliar a experiência da luta armada no Brasil.Para rememorar os objetivos e detalhes do seqüestro, o seu contexto e a repercussão sobre o processo político nacional, o filme promove a reunião de Cláudio Torres, Daniel Aarão Reis e Franklin Martins, dirigentes da Dissidência da Guanabara (DI-GB), que idealizou a ação e passou então a adotar a sigla MR-8; e Manoel Cyrillo e Paulo de Tarso Venceslau, os dois únicos remanescentes da Ação Libertadora Nacional (ALN), que realizou conjuntamente a operação.