“Elevado 3.5″ e “Manhã no Mar” vencem É Tudo Verdade 2007

A organização do É Tudo Verdade – Festival Internacional De Documentários divulgou na noite do sábado( 31 de março, os vencedores de sua 12ª edição. Na competição internacional de longas, concorreram 14 títulos, enquanto na brasileira foram sete finalistas. Em curtas-metragens, onze obras internacionais e oito nacionais disputaram os prêmios. Na programação geral (SP 22/03 a 1/04 – Rio 23/03 a 01/04) foram exibidos 141 títulos.

Dirigido por João Sodré, Maíra Bühler e Paulo Pastorelo, “Elevado 3.5”( foto) é o grande vencedor da Competição Brasileira de longa e média-metragem. O documentário, que retrata o mundo de pessoas que cruzam os 3.5 km do Minhocão, via expressa construída na região central de São Paulo, recebe o Troféu É Tudo Verdade e o prêmio CPFL Energia/É Tudo Verdade “Janela para o Contemporâneo”, no valor de R$ 100.000,00. É a maior premiação em festivais nacionais, desvinculada de compromissos com distribuição. As Menções Honrosas foram conferidas aos filmes “Nas Terras do Bem-Virá”, de Alexandre Rampazzo (Brasil/SP, 2006), e “O Longo Amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil/RJ, 2006).
O Melhor Documentário da Competição Internacional de longa-metragem é “Manhã no Mar”, de Ines Thomsen (Alemanha/ Espanha, 2006). O filme sobre três idosos que não dispensam visitas ao mar, mesmo no inverno de Barcelona, ganha o Troféu É Tudo Verdade e um prêmio no valor de R$ 15.000,00. As duas Menções Honrosas foram atribuídas a “O Mosteiro”, de Pernille Rose Gronkjaer (Dinamarca, 2006), e “Perdedores e Ganhadores”, de Michael Loeken e Ulrike Franke (Alemanha, 2006).
O Filme “Meus Olhos”, de Erlend E. Mo (Dinamarca, 2006), recebe o prêmio de Melhor Curta-Metragem da Competição Internacional, enquanto “Capistrano no Quilo”, de Firmino Holanda (Brasil/CE, 2006) é eleito o Melhor Curta-Metragem da Competição Brasileira. Ambos recebem o Troféu É Tudo Verdade e R$ 6.000,00. Já a Menção Honrosa ficou com “Falta-me”, da diretora portuguesa Claudia Varejão (Portugal, 2005).
O júri internacional do É Tudo Verdade 2006 foi formado pelo crítico alemão Bruno Fischli (Alemanha), pela especialista no mercado cinematográfico asiático Asako Fujioka (Japão) e pelo pensador e documentarista Jay Rosenblatt (EUA). O júri brasileiro, por sua vez, foi constituído pelo cineasta José Joffily, pela professora da Escola de Comunicações e Artes da USP Maria Dora Mourão e pelo videoartista e documentarista Carlos Nader.