EM DVD, CLÁSSICOS REMASTERIZADOS DE TOBE HOOPER.

Por Celso Sabadin.

Entre os vários talentos cinematográficos que nos deixaram em 2017, destaca-se o roteirista, diretor e produtor texano Tobe Hooper,  falecido no último 26 de agosto, aos 74 anos. Sua longa carreira contabiliza quase 40 créditos como diretor, entre longas para cinema e filmes para televisão, mas foi uma experiência praticamente amadora, quando Hooper sequer havia completado 30 anos, que marcou definitivamente sua carreira: O Massacre da Serra Elétrica, de 1974. Violento, explícito e sem medo de ser aterrorizante, o filme redefiniu o conceito do horror cinematográfico, levando o então professor de faculdade e operador de câmera em documentários diretamente para o olho do furacão hollywoodiano. Sem falar que o título em português é uma das maiores mancadas de tradução da história da distribuição cinematográfica brasileira, pois a serra do filme nunca foi elétrica.

Depois vieram Eaten Alive (1976), Pague Para Entrar, Reze Para Sair (1981) e o clássico Poltergeist (1982), produzido por ninguém menos que Steven Spielberg. Os anos 80 foram profícuos para Hooper, que dirigiu Força Sinistra, Invasores de Marte, a segunda parte do Massacre da Serra Elétrica, além de alguns telefilmes e um seriado para TV produzido na esteira do sucesso de A Hora do Pesadelo. A partir dos anos 90 o cineasta passa a se dedicar majoritariamente à televisão, e encerra sua carreira em 2013, com o longa Djinn, firmando-se como um dos diretores mais cultuados do terror moderno.

Eternizando parte da obra do cineasta, o selo Obras-Primas do Cinema lançou no final de 2017 uma edição especial “Tobe Hooper”,  contendo três DVDs com quatro de seus clássicos: O Massacre da Serra Elétrica, O Massacre da Serra Elétrica 2, Invasores de Marte e Eaten Alive, todos em versões restauradas e remasterizadas.

 

Confira:

 

O Massacre da Serra Elétrica (The Texas Chain Saw Massacre, 1974, 83 min.) Com Marilyn Burns, Edwin Neal, Allen Danziger, William Vail, Gunnar Hansen.

Em 1973, a polícia texana deu como encerrado o caso de um terrível massacre de 33 pessoas provocado por um homem que usava uma máscara feita de pele humana. Nos anos que se seguiram os policiais foram acusados de fazer uma péssima investigação e de terem matado o cara errado. Só que dessa vez, o único sobrevivente do massacre vai contar em detalhes o que realmente aconteceu na deserta estrada do Texas, quando ele e mais 4 amigos estavam indo visitar o seu avô.

 

O Massacre da Serra Elétrica – Parte 2 (The Texas Chain Saw Massacre 2, 1986, 101 min.) Com Dennis Hopper, Caroline Williams, Jim Siedow, Bill Moseley, Bill Johnson.

Treze anos após os eventos do primeiro filme, o xerife aposentado continua tentando capturar Leatherface e sua família, enquanto protege uma radialista que ouviu assassinatos pelo telefone e passa a ser atacada.

 

Eaten Alive (Eaten Alive, 1976, 91 min.) Com Neville Brand, Mel Ferrer, Carolyn Jones, Marilyn Burns, William Finley.

Um psicopata caipira, dono de um velho hotel à beira do pântano no leste do Texas rural, aprisiona e mata os poucos hóspedes que se arriscam a parar no local para se hospedar, ele alimenta seu enorme crocodilo de estimação com os restos mortais das suas vítimas.

 

Invasores de Marte (Invaders from Mars, 1986, 101 min.) Com Karen Black, Hunter Carson, Timothy Bottoms, Laraine Newman, James Karen.

Um garotinho testemunha o pouso de um OVNI no campo vizinho à sua residência. Seu pai, pensando se tratar de um sonho, vai verificar e só volta na manhã seguinte, apresentando um estranho comportamento. Pouco a pouco, outros moradores da cidade caem na armadilha dos “invasores de Marte”, sendo controlados, como zumbis, através de um dispositivo implantado em seus pescoços. Única testemunha ainda “humana”, o garoto precisa sair em busca de ajuda antes que seja tarde demais.

A coleção ainda trás mais de três horas de conteúdo extra, contendo o documentário inédito “O Massacre da Serra Elétrica – A Verdade Chocante” (60 minutos), erros de filmagens, entrevistas e curiosidades de produção.

 

Hooper merece.