FESTIVAL PARANAENSE INOVA COM FILMES DE ÉPOCA.

Até o próximo domingo (9), o cinema volta a ocupar o cenário histórico da Lapa – cidade próxima à Curitiba. Neste período, o Festival da Lapa 2008 fará com que a cidade e sua população vivenciem intensamente o clima do audiovisual, com exibições de filmes, debates, oficinas, entre outras atividades.
Organizado pelo Instituto Histórico e Cultural da Lapa, o evento chega à sua terceira edição. Nas duas primeiras, 2005 e 2007, o Festival acumula um público de aproximadamente 30 mil pessoas, nas exibições ao ar livre, em frente ao Panteon dos Heróis, no Cine Imperial e no Teatro São João, e nas demais atividades proporcionadas pelo evento.

Para Maria Inês Pierin Borges da Silveira, presidente do Instituto Histórico da Lapa, “a realização do Festival, numa das mais antigas e bem preservadas cidades do Paraná, além de propiciar sua inserção no cenário do audiovisual nacional, visa incrementar o turismo na região e também contribuir para a descentralização da cultura no país”.

Em 2008, além das competitivas de curtas, de filmes para telefone celular, da mostra paralela de longas, da Mapa-Piá – mostra audiovisual para o público escolar do município, da mostra dos episódios do “Casos e Causos” da RPC e das oficinas de produção e interpretação, o Festival da Lapa estará realizando a mostra competitiva internacional de filmes de época.

Por meio desta competição de filmes de longa-metragem, recorte inédito em termos de perfil de mostras e festivais de cinema brasileiros e até do exterior, “a intenção do festival é fazer uma justa homenagem aos filmes e profissionais que se dedicam a construir e reconstituir de modo audiovisual histórias que se passam ou passaram em tempos não atuais”, explica Maria Inês.

Festival da Lapa 2008 considera filmes de época as produções que possuem no mínimo cinqüenta por cento (50%) da sua duração ambientada em período até o final dos anos 1970, caracterizadas por um ou mais dos elementos: texto, cenário, objetos de cena, figurino e maquiagem. A mostra competitiva de filmes de época premiará com o troféu “Tropeiro” as categorias: melhor filme, melhor cenário, melhor figurino e melhor maquiagem.

Nesta categoria estarão competindo os filmes “Mistéryos”, de Beto Carminatti e Pedro Merege; “Ouro Negro”, de Isa Albuquerque; “Netto e o Domador de Cavalos” (foto), de Tabajara Ruas; e o filme português “O Mistério da Estrada de Sintra”, de Jorge Paixão da Costa.

Segundo a organizadora, a competitiva de filmes de época representa para o Festival um elemento chave de identificação do evento com o espaço onde o mesmo acontece. “A cidade da Lapa invariavelmente tem sido escolhida como cenário de filmes históricos. Suas ruas, suas praças e suas construções são preservadas pelo zelo do povo lapeano, nada mais justo, portanto, do que homenagear a cidade com esta premiação”, conclui Maria Inês.

É neste sentido que o Festival da Lapa 2008 pretende, além de contemplar o público do interior com a nova produção audiovisual – tanto do Brasil como do exterior – incentivar a disseminação cultural, dando oportunidade ao surgimento de novos talentos e o enriquecimento da experiência estética da população.

Curtas classificados

Na competição de curtas-metragens estão classificados os filmes . “Olhares”, de Andréia Kaláboa; “Colorado Esporte Clube”, de Fábio Allon; “Cine Zé Sozinho”, de Adriano Lima; “Valsa”, de Anderson Jader; “Em busca de Curitiba perdida”, de Estevan Silvera; “Apenas 2 Garotos”, de Sérgio Bloch; “Calango Lengo – Morte e Vida sem ver água”, de Fernando Miller; “No tempo de Miltinho”, de André Weller; “Hóspede Secreto”, de Fernando Severo; “Outono”, de Christian Schneider; “Atrizes”, de Rafael Urban; “O pescador de sonhos”, de Igor Pitta Simões; “O crime da atriz”, de Elza Cataldo; “Bons Sonhos”, de Fernando Pinheiro / Cibelle Sgnorini; “A Garota”, de Fernando Pinheiro; “Quando o universo conspira”, de Caio Bortolotti; e “Sobre o fazer… Artesãs da Lapa”, de Josina Melo.