GRANDE PRÊMIO SEM NOME DO CINEMA BRASILEIRO DIVULGA VENCEDORES.

por Celso Sabadin.
O chamado “Grande Prêmio do Cinema Brasileiro”, uma tentativa de se criar uma premiação-referência da nossa indústria cinematográfica nos mesmos moldes de um César ou Oscar, é uma boa ideia que até o momento não deu certo. Já há 16 anos se batalha por esta iniciativa, mas erros grotescos cometidos no passado impedem o seu desenvolvimento. O mais grave deles é o prêmio não ter um nome, uma marca. Tentou-se – de uma maneira bizarra e humilhante – que o nome do prêmio fosse o mesmo do patrocinador, mas como o patrocinador mudava sempre, tudo foi por água abaixo. Outro erro grosseiro é a sua falta de “timing”: premiam-se no final de cada ano os filmes que foram exibidos no cinema no ano anterior, o que significa que, no momento da premiação, mutos já estão disponíveis em DVD ou até já passaram na TV. A cerimônia de premiação, que deveria acontecer no início do ano, e nunca no final, esvazia o próprio cinema. Tudo isso enfraquece uma iniciativa da qual o grande público jamais ouve falar nada. É uma pena, mas um dia dá certo.
De qualquer maneira, na noite desta terça-feira, dia 05/09, foram conhecidos no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, os vencedores da 16ª edição de Grande Prêmio do Cinema Brasileiro.

Os mais premiados da noite foram “Elis”, de Hugo Prata, que recebeu oito dos 12 prêmios a que concorria – incluindo Melhor Atriz para Andréia Horta – e “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, que levou dois dos principais prêmios, Melhor Diretor e Melhor Filme, além de um prêmio para a Trilha sonora.
Confira os premiados.Longas-metragens
Ficção: “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho
Estrangeiro: “A Chegada”, de Denis Villeneuve
Comédia: “O Shaolin do Sertão”, de Halder Gomes
Documentário (empate): “Cinema Novo”, de Eryk Rocha / “Menino 23 — Infâncias Perdidas no Brasil”, de Belisario Franca

Direção: Kleber Mendonça Filho (Aquarius)
Ator: Juliano Cazarré (Boi Neon)
Atriz: Andréia Horta (Elis)
Ator coadjuvante: Flavio Bauraqui (Nise – O Coração da Loucura)
Atriz coadjuvante: Laura Cardoso (De Onde eu te Vejo)

Roteiro adaptado (empate): Fil Braz e Paulo Gustavo (Minha Mãe é Uma Peça 2) / Hilton Lacerda e Ana Carolina Francisco (Big Jato)
Roteiro original (empate): Domingos Oliveira (BR716) / Gabriel Mascaro (Boi Neon)

Montagem documentário: Renato Vallone (Cinema Novo)
Montagem ficção: Tiago Feliciano (Elis)

Fotografia: Adrian Teijido (Elis/Diego Garcia (Boi Neon)
Direção de arte: Frederico Pinto (Elis)
Figurino: Cristina Camargo (Elis)
Maquiagem: Anna Van Steen (Elis)

Trilha sonora: Mateus Alves (Aquarius)
Trilha sonora original: Otavio de Moraes (Elis)
Som: Jorge Rezende, Alessandro Laroca, Armando Torres Jr. e Eduardo Virmond Lima (Elis)
Efeitos visuais: Marcelo Siqueira (Pequeno Segredo)

Curtas-metragens
Animação: “Vida de Boneco”, de Flávio Gomes
Ficção: “O Melhor Som do Mundo”, de Pedro Paulo de Andrade
Documentário: “Buscando Helena”, de Ana Amélia Macedo e Roberto Berliner