IMPERDÍVEL, RETROSPECTIVA COMPLETA MILOS FORMAN VAI ATÉ 15/05.

A retrospectiva do cineasta tcheco naturalizado norte-americano Milos Forman exibirá, no CineSesc, em São Paulo, todos os longas metragens do diretor Milos Forman feitos para o cinema. Cópias em 35mm, do início de sua carreira, virão do Arquivo Nacional do Filme, em Praga, República Tcheca, e de outras cinematecas europeias, como o Deutsche Kinemathek, em Berlim. Outras cópias em digital também serão exibidas, algumas em 4K.  As exibições ocorrerão de 02 a 15 de maio de 2019.

 

Além dos longas haverá a exibição do curta-metragem Saudades de Sonia Henie e o documentário Visions of Eight, feitos em parceria com outros cineastas. Esse ultimo é um filme em episódios sob encomenda do Comitê Olímpico Internacional, que conta com a participação de Claude Lelouch, Arthur Penn, Kon Ichikawa, entre outros diretores. O making of do curta Sonia Henie, também exibido, é inédito no Brasil.

 

Retrospectiva Milos Forman

14 longas (Amadeus com cópia da versão do diretor), 1 documentário, 1 curta-metragem e 1 making of

 

 Dobre placená procházka  Uma Caminhada De Valor Milos Forman 2009 85 min
Goya’s Ghosts Sombras de Goya Milos Forman 2006 113 min
Man on the Moon O Mundo de Andy Milos Forman 1999 118 min
The People VS. Larry Flynt O Povo contra Larry Flint Milos Forman 1996 130 min
Valmont Valmont – Uma História de Seduções Milos Forman 1989 137 min
Amadeus Amadeus Milos Forman 1984 180 min
Ragtime Na Época do Ragtime Milos Forman 1981 155 min
Hair Hair Milos Forman 1979 121 min
Um Estranho no Ninho One Flew Over the Cuckoo’s Nest Milos Forman 1975 134 min
Visions of Eight Visions of Eight Milos Forman, Arthur Penn, Kon Ichikawa, Claude Lelouch, entre outros. 1973 110 min
Taking Off Procura Insaciável Milos Forman 1971 90 min
Making of Sonia Henie Making of Sonia Henie Karpo Godina 1972 32 min
I Miss Sonia Henie Saudades de Sonia Henie Milos Forman 1971 16 min
Horí, Má Panenko O Baile dos Bombeiros Milos Forman 1967 72 min
Lásky Jedné Plavovlásky Os Amores de uma Loira Milos Forman 1965 84 min
Cerny Petr Pedro, o Negro Milos Forman 1963 86 min
Konkurs Audição Milos Forman 1953 80 min

 

Todos os títulos serão exibidos 2 (duas) vezes. Um catálogo ilustrando os filmes, com as fichas técnicas, fotos, textos sobre sua obra e informação crítica acompanha a mostra. As exibições também serão acompanhados de um curso ministrado pelo critico Sérgio Alpendre, que dará um panorama da influência do cineasta desde a Nouvelle Vague Tcheca até a Hollywood dos anos 80.

 

Milos Forman

 

O cineasta tcheco naturalizado americano Milos Forman é considerado um dos grandes cineastas estrangeiros que escolheram Hollywood nos anos 70 e 80, fugidos da repressão comunista de sua terra natal. Formado na academia de Filmes de Praga, se destacou no começo da carreira com outros cineastas como Ivan Passer, formando o que se convencionou chamar a Nouvelle Vague Tcheca.

Desse início em Praga há filmes como Pedro, o Negro e O Baile dos Bombeiros, onde satirizava o regime comunista. Com Os amores de uma Loira, entretanto, despertou a atenção internacional para sua obra. Esses filmes foram banidos de exibição por um longo período durante a ocupação soviética.

Já nos EUA, a partir de 1968, seus primeiro longa não obteve sucesso de público: Procura Insaciável, mergulhando o diretor em uma crise depressiva que apenas se livraria com o sucesso de O Estranho no Ninho, que o catapultou para o primeiro time de Hollywood, embora sempre se manteve subversivo dentro do esquema Hollywoodiano.

Um Estranho no Ninho levou alguns Oscar para casa e possibilitou escolher levar ao cinema o musical Hair, adaptação da Broadway.

Apos Hair produziu a obra-prima Amadeus, a história de inveja e da admiração que Antonio Salieri sentia por Mozart. O filme ganhou oito Oscar e tornou-se um dos mais importantes filmes dos anos 80.

Em O Povo contra Larry Flint ganhou o Urso de ouro em Berlim. O filme, uma biografia do controverso magnata da pornografia Larry Flint, abriu debates sobre a liberdade de expressão e da censura nos EUA.

Mios Forman obsessivamente fez uma escolha muito consciente de reportar em seus filmes a opressão que sujeitos considerados párias sociais, desajustados, fora da ordem, sofriam perante a sociedade de suas épocas. A luta inglória do indivíduo contras as instituições.