INDIE COMEMORA 20 ANOS COM VOLTA AO PRESENCIAL. GRÁTIS.

A realização do INDIE 2021 poderia ser apenas a celebração dos 20 anos do festival, mas é o retorno, após 21 meses do início da pandemia, às salas de cinema, ao único cinema comercial de rua de uma cidade, aquela cidade, onde surgiu um festival, em 2001. O INDIE 2021 foi exclusivamente pensado para Belo Horizonte, para as pessoas que amam cinema, que não sabem como voltar a frequentá-lo em tempos pandêmicos, que se acostumaram com as plataformas de streaming e fizeram sua parte, ficaram em casa. Foram 17 meses com todos os cinemas da cidade fechados, agora com quase 70% da população completamente vacinada, queremos dar um impulso consciente: #vaiterINDIE!

O INDIE 2021  vai acontecer de 9 a 15 de dezembro, no Cine Belas Artes, com entrada franca. São 38 filmes, de 16 países. Nos cinemas, são 27 longas, entre os filmes mais premiados do ano, outros que ficaram inéditos na cidade entre 2020/2021 porque Belo Horizonte estava em lockdown; e dois dias especiais dedicados aos nossos diretores favoritos. E no site do INDIE, uma programação extra com 11 curtas nacionais e estrangeiros.

A sessão Première apresenta o filme que ganhou a Palma de Ouro em Cannes, Titane de Julia Ducournau; o ganhador do Leão de Ouro da Mostra de Veneza 2021, O acontecimento, de Audrey Diwan; o Urso de Prata – Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim 2021, Roda do Destino de Ryûsuke Hamaguchi; o novo filme do italiano Michelangelo Frammartino, Il Buco, Prêmio Especial do Júri da Mostra de Veneza 2021; o último filme de Dominik Graf, Fabian – O mundo está acabando; duas novas diretoras, as atrizes Noémie Merlant com Mi Iubita, Meu Amor e Hafsia Herzi, com seu segundo filme, A boa mãe. Para completar o programa, um dos diretores mais adorados do INDIE, Apichatpong Weerasethakul com o sublime Memoria.

A Mostra Mundial traz nove filmes que foram lançados comercialmente no país, mas não foram exibidos nos cinemas de Belo Horizonte por causa da COVID19 e o lockdown. Chance única para ver nas telas: Rodantes, do mineiro Leandro Lara; a alemã Angela Schanelec (Eu estava em casa, mas…), o japonês Koji Fukada (Perfil de uma mulher), o catalão polêmico Albert Serra (Liberté), a americana Jennifer Reeder (Knives and Skin), o documentário com a PJ Harvey, Um cão chamado dinheiro, de Seamus Murphy; e o filme que ganhou o Prêmio do Júri da edição online do INDIE 2020, Sanctorum do mexicano Joshua Gil. Fecha o programa, e ainda inédito no circuito, Vitalina Varela de Pedro Costa.

Quem frequenta o INDIE, conhece esses dois diretores: Hong Sang-soo e Kiyoshi Kurosawa. Já fizemos retrospectivas das suas obras, já exibimos filmes novos em várias edições, esse ano será diferente. No Hong Sang-Soo Day são quatro filmes do diretor coreano, exibidos em sequência, na mesma sala, e só serão exibidos neste dia. Dois filmes que foram lançados recentemente: Encontros, seu filme exibido em Berlim 2021 (Urso de Prata de Melhor Roteiro) e A Mulher que fugiu (Urso de Prata de Melhor Diretor em Berlim 2020); e dois filmes mais antigos, Certo Agora, Errado Antes e Na praia à noite sozinha.

Outra imersão que o INDIE promove será no universo do mestre japonês Kiyoshi Kurosawa. O dia dedicado ao diretor apresenta o seu último filme, lançado na Mostra de Veneza de 2020, onde ele recebeu o Leão de Prata para Melhor Diretor, A mulher de um espião. Completa a programação do dia: O fim da viagem, o começo de tudo, o catastrófico Antes que tudo desapareça, e o terror de Creepy.

Nas Sessões Especiais, a intenção é chamar atenção para o diretor japonês Ryûsuke Hamaguchi, a sensação do ano que lançou dois dos melhores filmes de 2021, um deles, Roda do Destino, que está sendo exibido aqui na Première. O INDIE traz uma chance para ver seu filme anterior, Asako I & II realizado em 2018. E para rever Apichatpong Weerasethakul, uma oportunidade única de assistir Cemitério do Esplendor, seu último longa, de 2015. Apichatpong demorou seis anos para lançar outro longa, Memoria, exibido na Première.

Se a edição anterior do INDIE foi online, em 2021 o site do festival – www.indiefestival.com.br – vai trazer uma programação extra e especial. São onze curtas, de seis países. A pequena cidade da Calábria esvaziada pelos processos migratórios em Burnt. Land of Fire do suíço Ben Donateo; a diretora Zhou Jiali observa o desaparecimento da cidade chinesa Guashan em The Drifting-Away Surrounding, e o indiano Yudhajit Basu registra em Kalsubai o povo Mahadeo Koli, a lenda da Deusa Kalsu e sua influência nos dias de hoje. Entre os curtas brasileiros, o carioca Pedro Tavares com Não se pode abraçar uma memória; os mineiros Pedro Gonçalves Ribeiro (O resto) e Pedro Estrada (Grand Canyon); o diretor amazonense Sérgio Andrade, faz seu primeiro curta depois de décadas fazendo longas, em Cercanias/Gatos; o curta da atriz paulista Renata Jesion (A Conta Gotas) e dos paulistas Pedro Achilles e Guilherme Cenzi, O ciclope. A programação encerra com o curta do português Duarte Netto Raquel e a video-dança Impétueuse m. dos franceces Elsa Decaudin, Quentin Guichard e Clément Decaudin.

No site do INDIE é possível também assistir um filme com recursos de acessibilidade com Libras, audiodescrição e legenda descritiva, é o longa francês Jovem mulher de Léonor Serraille.

SERVIÇO

INDIE 2021

9 a 15 de dezembro/2021

(no dia 13/12, segunda-feira, não haverá sessões)

Presencial

Cine Belas Artes

R. Gonçalves Dias, 1581 – BH

ENTRADA FRANCA

Ingressos na bilheteria do cinema, uma hora antes de cada sessão. Sujeito a lotação das salas.