JOSÉ DUMONT GANHA MOSTRA ESPECIAL EM SÃO PAULO.

Realizada no CCBB São Paulo, entre 3 e 14 de dezembro, a mostra José Dumont, o homem que virou cinema! reúne os 19 filmes mais relevantes na carreira do consagrado ator com obras produzidas entre 1977 e 2005 e assinada por diferentes cineastas. Os longas-metragens ganham exibição de terça a domingo – em alguns dias haverá três sessões -, além de um debate no sábado, dia 6, às 17h, com a presença do ator e dos cineastas Eliane Caffé (Kenoma e Narradores de Javé) e João Batista de Andrade (O homem que virou suco). Os ingressos saem por R$ 4 (inteira) e R$ 2 (meia) e o debate tem entrada franca. A mostra já foi apresentada em Brasília, no Rio de Janeiro, em Fortaleza e em Vitória. Em dezembro também estará em Curitiba e em Belo Horizonte. A curadoria é de Davi Kolb e Alvaro Furloni.

O ATOR
Ator consagrado, José Dumont já recebeu muitos prêmios. Entre eles, foi ganhador por três vezes do Kikito de Melhor Ator, em Gramado, vencedor por outras três vezes do Candango, no Festival de Brasília, além de escolhido melhor ator em 1999, pela APCA – Associação Paulista dos Críticos de Arte e premiado nos festivais de Havana, Miami, Recife e Rio de Janeiro.

Filho de Severino e Maria Porpino, nasceu em Belém do Caiçara, no sertão da Paraíba. Perdeu a mãe cedo, vítima de parto de uma de suas irmãs e foi criado pelo avô, Joaquim Batista, de quem não herdou o sobrenome. Por morarem perto de um morro, o avô e pai de José eram conhecidos como Joaquim e Severino do Monte. Ao alistar-se no exército, um tenente achou que Severino não sabia escrever corretamente o seu nome e passou a grafá-lo como Dumont. Assim, o sobrenome foi incorporado à família e todos os filhos de Severino passaram a se chamar Dumont e não Batista.

Apesar de viver com poucos recursos, José Dumont conta que sua infância foi rica e prazerosa. Em depoimento no livro José Dumont, do Cordel às Telas, do jornalista Klecius Henrique, afirma: “passei a minha infância onde se passa a melhor infância: nela mesma. Se você não tem muitos recursos materiais, você passa essa fase da vida na imaginação. Para mim, o que era bonito era a vida florescendo a partir das imagens”.

Aos seis anos aprendeu a ler sozinho: “eu ficava observando, ouvindo o cordel e comparava. Se o cara falava ‘batata’ associava a imagem ao que estava sendo dito. Fui soletrando e descobrindo que o que dizia correspondia ao que estava escrito aqui”.

Tentou ingressar na Marinha Mercante a fim de conhecer o mundo, não conseguiu, mas foi para São Paulo. Lá trabalhou na Fábrica Progresso, nos Correios e numa fábrica de moinhos. Em São Paulo, aos 25 anos, houve uma reviravolta na vida de Dumont, pois se envolveu numa peça de Eduardo Campos, dirigida por Haroldo Serra, que falava da periferia de Fortaleza: O Morro do Ouro.

Do teatro, seguiu para o cinema. A oportunidade veio com Zelito Viana que, após acompanhar um especial para TV escrito por Gianfrancesco Guarnieri, resolveu chamar José Dumont para estrelar “Morte e Vida Severina” ao lado de Jofre Soares e Stênio Garcia. Aos 27 anos, Dumont se mudou para o Rio de Janeiro, onde acreditava que conseguiria trabalho e sucesso. Voltou a aparecer nas telas em participações pequenas como as de “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia”, de Hector Babenco, “Se Segura Malandro”, de Hugo Carvana, e, depois, como Piauí no filme de Arnaldo Jabor, “Tudo Bem”. Este personagem rendeu a Dumont um elogio de Paulo Gracindo: “esse menino vai ser um dos maiores atores do Brasil”. Contabiliza hoje mais de 40 filmes e participações em novelas, minisséries, entre outros trabalhos na televisão.

QUEM É JOSÉ DUMONT – PALAVRA DA CURADORIA
José Dumont, o homem que virou cinema! homenageia este ser humano sensível, inteligente e imprescindível para a sétima arte. A mostra homenageia também o cinema brasileiro, através de 19 títulos importantes na historiografia do cinema nacional. Foram escolhidos pela curadoria os filmes mais representativos na carreira do ator, que são, também, obras relevantes dentro do panorama brasileiro nos últimos 30 anos.

Os primeiros trabalhos como “Morte e Vida Severina” e “Tudo Bem” refletem ainda o Cinema Novo, cujos filmes trabalham questões ideológicas e políticas dentro da linguagem, da narrativa e da estética. Depois vem a fase Embrafilme com realizadores que iniciavam a carreira de modo promissor, Tizuka Yamazaki e o filme “Gaijin – os Caminhos da Liberdade”. Por outro lado havia realizadores consagrados que continuavam mantendo o fôlego, como é o caso de Nelson Pereira dos Santos e sua adaptação do livro homônimo do escritor Graciliano Ramos, “Memórias do Cárcere”.

Deve-se ressaltar a importância de “O Homem que Virou Suco” em cópia nova e restaurada. O filme de 1981, dirigido por João Batista de Andrade, gerou dividendos para José Dumont, que abocanhou o prêmio de melhor ator nos festivais de Gramado, Brasília, Huelva e ainda o prêmio da Air France. Ainda no período Embrafilme, dois filmes adaptados de obras literárias fundamentais tiveram a presença de Dumont. A “Hora da Estrela”, da diretora Suzana Amaral, fez enorme sucesso no Brasil e no exterior (a atriz revelação, Marcélia Cartaxo, ganhou o Urso de Prata de melhor atriz no Festival de Berlim). O filme é uma bem-sucedida adaptação do livro homônimo de Clarisse Lispector. “Os Trapalhões no Auto da Compadecida”, de Roberto Farias, transpõe livremente para as telas o clássico teatral de Ariano Suassuna, O Auto da Compadecida. Este filme, que levou mais de 2 milhões e meio de espectadores as salas de cinema, é considerado o melhor da trupe que contava com Didi, Dedé, Mussum e Zacharias.

Com a era Collor e a extinção da Embrafilme ficou difícil fazer cinema no Brasil. No entanto, Hector Babenco, que tinha obtido certo sucesso com seu filme anterior, “O Beijo da Mulher Aranha”, é convidado pelo grande produtor americano Saul Zaentz a realizar outro filme. Surge então “Brincando nos Campos do Senhor”, com elenco principal de estrelas americanas e com brasileiros reconhecidos como Stênio Garcia, Nelson Xavier e José Dumont. Dumont ficou sete anos sem pisar num set de filmagem, ainda reflexo do governo Fernando Collor. Só “retomou” as telas em Policarpo Quaresma, de Paulo Thiago.

Participou de “Abril Despedaçado”, de Walter Salles, filme discutido pela crítica por conta de uma abordagem esteticamente “pop” do sertão brasileiro. Seguiram-se a esses trabalhos dois papéis de destaque em dois filmes nordestinos. Primeiro José Dumont viveu o personagem, Zé Elétrico, um índio de conhecimentos holísticos, em “Árido Movie”. Ficção da cena cinematográfica pernambucana, que não pára de produzir títulos instigantes. Depois o baiano “Cidade Baixa”, que conta com Dumont interpretando Sergipano e o trio Lázaro Ramos, Wagner Moura e Alice Braga. Este longa-metragem dirigido pelo estreante em ficção Sérgio Machado ganhou o prêmio da Juventude no Festival de Cannes de 2005. Para terminar esta breve retrospectiva não podemos deixar de citar Miranda, o empresário malandro da dupla Emival / Zezé no filme de maior público após a retomada do cinema brasileiro, “2 Filhos de Francisco – a História de Zezé de Camargo e Luciano”, do estreante Breno Silveira.
Davi Kolb e Alvaro Furloni

A PROGRAMAÇÃO DA MOSTRA

DIA 3,
15h – Morte e Vida Severina
17h – Tigipió – Uma Questão de Amor e Honra
19h – A Hora da Estrela

DIA 4
15h – Onde Anda Você
17h– Avaeté – A Semente da Vingança
19h– Abril Despedaçado

DIA 5
15h – Coronel Delmiro Gouveia
17h – Tudo Bem
19h – Árido Movie

Dia 6
15h – Narradores de Javé
17h – Debate com o ator José Dumont e dos cineastas João Batista de Andrade e Eliane Caffé
19h – O Homem que Virou Suco

Dia 7
15h – Gaijin – Os Caminhos da Liberdade
17h – 2 Filhos de Francisco
19h – Kenoma

Dia 9
15h –Brincando nos Campos do Senhor

Dia 10
15h – Até a Última Gota
17h – Gaijin – Os Caminhos da Liberdade
19h – Cidade Baixa

Dia 11
15h – Kenoma
17h – Memórias do Cárcere

Dia 12
15h – Coronel Delmiro Gouveia
17h – Tudo Bem
19h – Árido Movie

Dia 13
15h – Cidade Baixa
17h – Narradores de Javé
19h – A Hora da Estrela

Dia 14
15h – Onde Anda Você
17h – O Baiano Fantasma
19h – O Homem que Virou Suco

OS FILMES

2 Filhos de Francisco (2005, cor, 132 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: Livre
Produção: Conspiração Filmes
Direção: Breno Silveira
Roteiro: Carolina Kotscho e Patrícia Andrade
Fotografia: André Horta e Paulo Souza
Montagem: Vicente Kubrusly
Direção de Arte: Kiti Duarte
Elenco: José Dumont (Miranda), Ângelo Antônio, Dira Paes, Márcio Kieling, Thiago Mendonça e Paloma Duarte

Sinopse: Francisco Camargo é um lavrador do interior de Goiás que tem um sonho: transformar dois de seus nove filhos em uma dupla sertaneja. Com o acordeão ganho do pai, Mirosmar e seu irmão Emival, que toca violão, se apresentam com sucesso nas festas da vila onde moram. A família é obrigada a se mudar para Goiânia. Mirosmar e Emival começam então a se apresentar na rodoviária local para conseguir algum dinheiro para ajudar em casa.

A Hora da Estrela (1985, cor, 96 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Raiz Produções Cinematográficas
Direção: Suzana Amaral
Roteiro: Suzana Amaral e Alfredo Oroz, baseado em livro de Clarice Lispector
Fotografia: Edgar Moura
Montagem: Idê Lacreta
Direção de Arte: Clóvis Bueno
Elenco: José Dumont (Olímpico de Jesus), Marcelia Cartaxo, Tamara Taxman, Fernanda Montenegro, Manoel Luiz Aranha, Denoy de Oliveira e Marli Botoletto

Sinopse: Macabéa, uma imigrante nordestina em São Paulo, divide o seu tempo entre a pensão miserável onde mora, o trabalho como datilógrafa numa pequena firma e o namoro casto e desajeitado com o metalúrgico Olímpico de Jesus.

Abril Despedaçado (2001, cor, 105 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 12 anos
Produção: VideoFilmes
Direção: Walter Salles
Roteiro: Walter Salles, Sérgio Machado e Karim Aïnouz, baseado em livro de Ismail Kadará
Fotografia: Walter Carvalho
Montagem: Isabelle Rathery
Direção de Arte: Cássio Amarante
Elenco: José Dumont (Pai), Rodrigo Santoro, Rita Assemany, Luiz Carlos Vasconcelos, Ravi Ramos Lacerda, Flávia Marco Antônio, Everaldo Pontes e Othon Bastos

Sinopse: Em abril de 1910, na geografia desértica do sertão brasileiro, Tonho vive o dilema de vingar ou não a morte do irmão mais velho, assassinado por uma família rival. Angustiado pela perspectiva da morte, Tonho passa então a questionar a lógica da violência e da tradição.

Árido Movie (2005, cor, 100 minutos, drama)
Formato de exibição: DVD
Classificação indicativa: 16 anos
Produção: Cinema Brasil Digital e Lírio Ferreira
Direção: Lírio Ferreira
Roteiro: Lírio Ferreira, Hilton Lacerda, Eduardo Nunes e Sérgio Oliveira
Produção Executiva: Flavio Frederico
Fotografia: Murilo Salles
Montagem: Vânia Debs
Direção de Arte: Renata Pinheiro
Elenco: José Dumont (Zé Elétrico), Guilherme Weber, Giulia Gam, Mateus Nachtergaele e Selton Mello

Sinopse: Jonas é o repórter do tempo de uma grande rede de TV, que viaja de São Paulo rumo à sua cidade natal no sertão nordestino, para acompanhar o enterro do pai, assassinado inesperadamente.

Até a Última Gota (1980, cor/preto&branco, 70 minutos, documentário)
Formato de exibição: 16mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Morena Filmes
Direção: Sérgio Rezende
Roteiro: Sérgio Rezende
Fotografia: José Joffily
Montagem: Vera Freire e Mariza Leão
Elenco: José Dumont e Hugo Carvana

Sinopse: Inspirado na morte do operário Jucenil Navarro de Souza que, desempregado, vendia sangue para comprar comida para a família, o filme denuncia o comércio de sangue nos países do Terceiro Mundo. Jucenil sai da casa de saúde, em Duque de Caxias, Rio de Janeiro e, enfraquecido, morre ao entrar no supermercado. Sua mulher narra a tragédia. Seguem-se depoimentos de pessoas envolvidas com o tráfico de sangue e dos que lutam contra essa prática. O filme percorre a rota do tráfico que ocorre em países como Haiti, Argentina e Nicarágua registrando o fato de que o sangue tirado dos países subdesenvolvidos serve de matéria-prima para os laboratórios farmacêuticos multinacionais.

Avaeté – Semente da Vingança (1985, cor, 110 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 16 anos
Produção: Mapa Filmes
Direção: Zelito Viana
Roteiro: José Joffily e Zelito Viana
Fotografia: Edgar Moura
Montagem: Gilberto Santeiro
Direção de Arte: Carlos Liuzzi
Elenco: José Dumont (Ribamar), Hugo Carvana, Renata Sorrah, Jonas Bloch, Cláudio Marzo, Chico Diaz, Marco Palmeira, Milton Rodrigues e Macsuara Kadiweu
Sinopse: Um garoto indígena sobrevive ao massacre de sua tribo no centro-oeste do Brasil e cresce trazendo dentro de si o desejo por vingança e a busca pela própria identidade.

Brincando nos Campos do Senhor (1991, USA, cor, 189 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Universal Pictures
Direção: Hector Babenco
Roteiro: Hector Babenco e Jean-Claude Carrière, baseado em livro de Peter Matthiessen
Fotografia: Lauro Escorel
Montagem: William M. Anderson e Armen Minasian
Direção de Arte: Clóvis Bueno
Elenco: José Dumont (Comandante Guzmán), Tom Berenger, John Lithgow, Daryl Hannah, Aidan Quinn, Tom Waits, Kathy Bates, Stênio Garcia e Nelson Xavier

Sinopse: Martin e Hazel Quarrier, missionários fundamentalistas, são enviados para a selva amazônica com o objetivo de converter os índios da região. Os dois dividem opiniões contrárias em relação aos nativos. Enquanto Hazel morre de medo dos indígenas, Martin se mostra fascinado por eles.

Cidade Baixa (2005, cor, 110 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 18 anos
Produção: VideoFilmes
Direção: Sérgio Machado
Roteiro: Karim Ainouz e Sérgio Machado
Fotografia: Toca Seabra
Montagem: Isabela Monteiro de Castro e Isabella Monteiro
Direção de Arte: Marcos Pedroso
Elenco: José Dumont (Sergipano), Lázaro Ramos, Alice Braga e Wagner Moura
Sinopse: Amigos de infância, Deco e Naldinho são proprietários de um pequeno barco de carga no litoral da Bahia. A amizade dos dois, no entanto, é profundamente abalada quando ambos se apaixonam por Karinna, uma dançarina de strip tease.

Coronel Delmiro Gouveia (1980, cor, 90 minutos, drama)
Formato de exibição: DVD
Classificação indicativa: 12 anos
Produção: Embrafilmes, Saruê Filmes e Thomas Farkas Produções Cinematográficas
Direção: Geraldo Sarno
Roteiro: Geraldo Sarno e Orlando Senna
Fotografia: Lauro Escorel
Montagem: Amaury Alves
Direção de Arte: Anísio Medeiros
Elenco: José Dumont (Zé Pó), Rubens de Falco, Sura Berditchevsky, Jofre Soares, Nildo Parente, Isabel Ribeiro, Magalhães Graça e Conceição Senna

Sinopse: No início do século, no nordeste brasileiro, pioneiro da indústria nacional é perseguido por se recusar a vender sua fábrica para industriais britânicos.

Gaijin – Os Caminhos da Liberdade (1980, cor, 112 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: CPC – Centro de Produção e Comunicação – e Embrafilme.
Direção: Tizuka Yamasaki
Roteiro: Jorge Durán e Tizuka Yamasaki
Fotografia: Edgar Moura
Montagem: Vera Freire e Lael Rodrigues
Direção de Arte: Yurika Yamasaki
Elenco: José Dumont (Ceará), Antônio Fagundes, Gianfrancesco Guarnieri, Kyoko Tsukamoto, Jiro Kawarazaki e Louise Cardoso

Sinopse: No início do século XX um grupo de japoneses vem para o Brasil, para trabalhar em uma fazenda de café em São Paulo. Lá eles encontram dificuldades para se adaptar, sendo tratados com hostilidade pelo patrão. Apenas alguns colonos os tratam bem, entre eles, Tonho, o contador da fazenda.

Kenoma (1998, cor, 109 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: A. F. Cinema e Vídeo
Direção: Eliane Caffé
Roteiro: Eliane Caffé e Luis Alberto de Abreu
Fotografia: Hugo Kovensky
Montagem: Idê Lacreta
Direção de Arte: Clóvis Bueno e Vera Hamburger
Elenco: José Dumont (Lineu), Mariana Lima, Enrique Diaz, Jonas Bloch, Matheus Nachtergaele e Eliana Carneiro

Sinopse: Jonas chega em Kenoma, um pequeno povoado nos confins do mundo, e permanece no local atraído pela jovem Tari. Entre os habitantes de Kenoma destaca-se Lineu, que se dedica há 20 anos à tarefa de construir uma máquina capaz de produzir constantemente sem necessidade de combustível: o moto-perpétuo.

Memórias do Cárcere (1984, cor, 185 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 16 anos
Produção: Embrafilme, Luiz Carlos Barreto Produções Cinematográficas e Regina Filmes
Direção: Nelson Pereira dos Santos
Roteiro: Nelson Pereira dos Santos, baseado em livro de Graciliano Ramos
Fotografia: José Medeiros e Antonio Luis Soares
Montagem: Carlos Alberto Camuyrano
Direção de Arte: Irenio Maia
Elenco: José Dumont (Mario Pinto), Carlos Vereza, Glória Pires, Wilson Grey, Jofre Soares e Fábio Barreto
Sinopse: Acusado de manter ligações com grupos de esquerda responsáveis pelo mal sucedido golpe de 1935, o escritor Graciliano Ramos é mandado para a prisão junto com outros presos políticos.

Morte e Vida Severina (1977, cor, 85 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 10 anos
Produção: Mapa Filmes
Direção: Zelito Viana
Roteiro: Zelito Viana, baseado no poema de João Cabral de Melo Neto
Fotografia: Francisco Balbino, Lauro Escorel e José Medeiros
Montagem: Gilberto Santeiro
Direção de Arte: Regis Monteiro
Elenco: José Dumont (3º Severino), Tânia Alves, Stênio Garcia, Elba Ramalho e Jofre Soares

Sinopse: Na tentativa de escapar da miséria e da seca, que assolam o sertão nordestino, Severino decide ir até Recife, em busca de uma vida melhor.

Narradores de Javé (2003, cor, 100 minutos, comédia)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 10 anos
Produção: Bananeira Filmes
Direção: Eliane Caffé
Roteiro: Luis Alberto de Abreu e Eliane Caffé
Fotografia: Hugo Kovensky
Montagem: Daniel Rezende
Direção de Arte: Carla Caffé
Elenco: José Dumont (Antônio Biá), Nelson Xavier, Gero Camilo, Matheus Nachtergaele e Nelson Dantas.

Sinopse: Com o intuito de impedir a construção de uma usina hidroelétrica, que inundaria toda a cidade, a população analfabeta da pequena Javé obriga o trapaceiro Antônio Biá a escrever um livro com a história do lugar. Os moradores, então, começam a lembrar – ou a inventar – grandes eventos e personalidades da cidadezinha.

O Baiano Fantasma (1984, cor, 95 minutos, drama/comédia)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 16 anos
Produção: Palmares Produções Cinematográficas e Embrafilme
Direção: Denoy de Oliveira
Roteiro: Denoy de Oliveira
Fotografia: Aloysio Raulino
Montagem: Renato Neiva Moreira
Direção de Arte: Leon Leoni
Elenco: José Dumont (Lambusca), Regina Dourado, Maracy Mello, Luiz Carlos Gomes e Rafael de Carvalho

Sinopse: O paraibano Lambusca chega a São Paulo procurando um emprego, mas acaba se envolvendo com uma quadrilha que vende “proteção” em troca de dinheiro. Numa das cobranças, um homem morre e Lambusca passa a ser perseguido pela polícia, que o toma por assassino.

O Homem Que Virou Suco (1979, cor, 90 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm/DVD
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Raiz Produções Cinematográficas
Direção: João Batista de Andrade
Roteiro: João Batista de Andrade
Fotografia: Aloysio Raulino
Montagem: Alain Fresnot
Direção de Arte: Marisa Rebolo
Elenco: José Dumont (Deraldo/Severino),

Sinopse: A polícia de São Paulo confunde Deraldo, um poeta popular recém-chegado do Nordeste, com Severino, um operário acusado de assassinar o próprio patrão a facadas.

Onde Anda Você (2004, cor, 103 minutos)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Morena Filmes
Direção: Sérgio Rezende
Roteiro: Leopoldo Serran e Sergio Rezende. Com a colaboração de Marcelo Madureira
Fotografia: Guy Gonçalves
Montagem: Isabelle Rathery
Direção de Arte: Clóvis Bueno
Elenco: José Dumont (Jajá), Juca de Oliveira, Drica Moraes, Castrinho, Paulo César Peréio e Regiane Alves

Sinopse: Felício Barreto é um comediante veterano que vive triste e solitário. Em busca de ser novamente feliz, ele passa a inventar uma aventura delirante, onde reencontra seu antigo parceiro e sua ex-esposa, ambos já falecidos. Em sua saga Felício é levado da fria São Paulo para um lugar paradisíaco, onde encontra uma atraente mulher.

Tigipió – Uma Questão de Amor e Honra (1986, cor, 100 minutos, drama)
Formato de exibição: 35mm
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: Embrafilme, Animatographo Cinema e Vídeo e Grupo Novo de Cinema e TV
Direção: Pedro Jorge de Castro
Roteiro: Pedro Jorge de Castro, Carlos Alberto Ratton e Ana Maria Baloch
Fotografia: Miguel Freire
Montagem: José Tavares Bastos
Direção de Arte: Renato Dantas e Walter Lano Prestes
Elenco: José Dumont (Heitor), Regina Dourado, B. de Paiva, João Falcão, Ricardo Guilherme e Lilian Mandel

Sinopse: Cezário, ex-coronel de terras do Nordeste, trabalha agora em uma pedreira sob as ordens do engenheiro Heitor. Sua filha, Matilde, encontra-se às escondidas com Heitor e fica grávida. Heitor não propõe casamento nem assume o filho. Cezário arma uma bomba na pedreira e a faz explodir no momento em que os três estão novamente juntos.

Tudo Bem (1978, cor, 111 minutos, comédia)
Formato de exibição: DVD
Classificação indicativa: 14 anos
Produção: A.J Produções Cinematográficas
Direção: Arnaldo Jabor
Roteiro: Arnaldo Jabor e Leopoldo Serran
Fotografia: Dib Lutfi
Montagem: Gilberto santeiro
Direção de Arte: Hélio Eichbauer
Elenco: José Dumont (Piauí), Fernanda Montenegro, Paulo Gracindo, Maria Sílvia, Zezé Motta, Stênio Garcia, Regina Casé e Luiz Fernando Guimarães

Sinopse: Família de classe média acredita viver isolada do que acontece do lado de fora do seu apartamento, até a chegada dos operários encarregados de reformar o imóvel transformar repentinamente a rotina familiar.

Serviço:
Centro Cultural Banco do Brasil
Cinema (70 lugares): R$ 4,00 e R$ 2,00 (meia-entrada). Filmes em DVD têm entrada gratuita, com retirada de senhas a partir das 10h.
Rua Álvares Penteado, 112 – Centro – São Paulo/SP
Informações: (11) 3113-3651 / 3113-3652
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