LAÍS BODANZKY (FOTO) TRAZ OFICINAS PARA JOVENS DE BAIXA RENDA DO JARDIM ÂNGELA, EM SP.

Enquanto lança seu terceiro longa-metragem, As melhores coisas do mundo, a cineasta Laís Bodanzky ensina jovens de baixa renda a fazer cinema. Desde 2008, ela coordena as Oficinas Tela Brasil, ao lado do roteirista Luiz Bolognesi, seu parceiro em O Bicho de Sete Cabeças e Chega de Saudade. Mais de 900 alunos já passaram pelas oficinas itinerantes em 42 cidades produzindo mais de 120 curtas-metragens.

Agora vinte jovens do Jardim Ângela, em São Paulo, terão a chance de produzir seus próprios curtas-metragens coordenados pela dupla de cineastas. Patrocinadas pela Fundação Telefônica em parceria com a CCR, as Oficinas Tela Brasil serão realizadas de 15 a 26 de maio, sob supervisão do cineasta Edu Abad, na Sociedade Amiga e Esportiva Copacabana, na Rua Antônio Victor de Oliveira, 6A, Jardim Ângela.

Até a domingo (09.05), os interessados a partir de 16 anos podem se candidatar a uma das 20 vagas. Para isso, basta preencher a ficha de inscrição na própria Sociedade Copacabana ou nos seguintes locais: Santos Mártires, na Rua Seringal do Rio Verde, 41, Jd. Ranieri, ou no CEU Guarapiranga, na Estrada da Baronesa, 1120, ou na APAPEC (Associação Popular de Apoio às Pessoas Carentes do Pq do Lago e bairros vizinhos), na Rua Pirarucus, 12, Parque do Lago. O site http://www.telabr.com.br/oficinas também recebe as fichas de inscrição. A lista dos selecionados será divulgada na quarta-feira, 12.05.

Durante as oficinas os jovens aprendem as técnicas de produção e edição de roteiro e vídeo. Para garantir a presença dos alunos, cada um recebe uma ajuda de custo para transporte e pesquisa no valor de R$ 110,00 (R$ 10,00 por dia).

A estreia dos curtas-metragens produzidos nas Oficinas acontece no dia 28 de maio em grande estilo: Na mostra especial que vai comemorar os cinco anos do Cine Tela Brasil, projeto também idealizado por Laís Bodanzky e Luiz Bolognesi, que leva uma sala de cinema para várias cidades e periferias do Brasil, exibindo filmes gratuitos ao público que normalmente não tem acesso à sétima arte. A exibição dos filmes e toda a programação especial da mostra, no Memorial da América Latina, será aberta ao público e gratuita e dá a chance dos alunos apresentarem aos amigos e à família os trabalhos produzidos em 68 horas de aulas práticas.

Dezenas dos vídeos produzidos nas Oficinas Tela Brasil foram selecionados em importantes festivais, como o Tia Dita (20º Festival Internacional de Curtas de São Paulo, VIII Festival Araribóia em Niterói e 16ª edição do Vitória Cine Vídeo, em Vitória); Pão com mortadela e meia mussarela (19º Festival de Curtas de São Paulo, Goiânia Mostra Curtas, Visorama 3, Festival Visões Periféricas e CineCufa 2009); Dr. Poporowiscky (4º Festival de Jovens Realizadores de Audiovisual do MERCOSUL Festival CineCufa); além disso, 32 dos 161 vídeos selecionados para o CineCufa – Festival Internacional de Filmes de Periferia (Rio de Janeiro, 2009) são frutos das Oficinas Itinerantes de Vídeo Tela Brasil.

“Com uma câmera na mão, esses jovens produzem trabalhos surpreendentes. Os festivais são muito gratificantes para nós, mas o nosso maior objetivo é que os alunos usem as Oficinas como uma ferramenta de expressão para que eles contem, por meio do audiovisual, suas histórias e seus sonhos”, fazem coro Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky