Morre precursor do cinema marginal paulista
Morreu ontem, 5ª feira, de insuficiência respiratória, no Hospital Brigadeiro, em São Paulo o cineasta Ozualdo Candeia. Importante realizador paulista, Candeia é considerado precursor do Cinema Marginal Paulista, corrente que se opunha ao Cinema Novo, com seu longa de estréia “A Margem”, de 1967.
O filme conta a dura convivência de personagens anônimos perambulando e viajando de barco nas regiões próximas ao Rio Pinheiros, em São Paulo. No longa, destaque para a bela fotografia em preto e branco assinada em parte pelo próprio Candeias, que tinha formação autodidata em diversos setores da produção cinematográfica.
Constante tema de retrospectivas estudos e debates entre críticos e estudantes nos últimos anos, Candeias fez nove longas, dois médias- metragens,11 curtas e quatro vídeos. Seu mais recente filme “O Vigilante”, de 1992 não chamou a atenção de público e crítica
O cineasta nasceu em Mato Grosso do Sul, mas não sabia em que cidade. Era de uma família de viajantes. Radicou-se em São Paulo quando começou a se interessar por cinema e acabou se tornando um profissional requisitado no pólo de produção da Boca do Lixo.
Além dirigir, Candeias trabalhou como produtor, montador, câmera e diretor de fotografia para diretores como Carlos Reichembach.
O velório será realizado a partir das 21h, na Beneficiência Portuguesa