NA ONDA DO EMPODERAMENTO, DOIS FESTIVAIS COM OLHAR FEMININO.

Dois festivais de cinema que privilegiam o olhar feminino foram anunciados nesta mesma semana: o primeiro FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema, e o mais que bem-vindo Tudo Sobe Mulheres, que volta ao mercado após uma interrupção de sete anos.

Criado para valorizar e premiar obras dirigidas por mulheres e apresentar o protagonismo feminino nas telas e atrás das câmeras, o FIM – Festival Internacional de Mulheres no Cinema, já está recebendo inscrições de longas-metragens desde o último dia 5, e será realizado de 4 a 11 de julho na capital paulista.

Podem participar filmes de ficção, documentário ou animação concluídos nos últimos 18 meses (inéditos ou não) dirigidos por mulheres de todas as localidades do Brasil. As inscrições são gratuitas e devem ser realizadas pelo site www.fimcine.com.br até o dia 03 de maio.

 

O comitê de curadoria selecionará dentre os filmes inscritos seis longas-metragens brasileiros e indicará pela sua livre escolha seis longas-metragens estrangeiros para a competição. O público votará ao final de cada sessão para eleger os dois vencedores – um da Mostra Competitiva Nacional e outro da Mostra Competitiva Internacional –, que receberão R$ 15 mil cada.  A programação também traz mostras especiais dedicadas à presença das mulheres nas telas e à diversidade de olhares e narrativas.

 

“A sigla FIM não surge por acaso. O Festival quer o fim da sub-representatividade das mulheres no cinema, estimulando o começo de um novo ciclo” afirma Minom Pinho, sócia-diretora da Casa Redonda e idealizadora do Festival, que também tem produção da Associação Cultural Kinoforum e apoio do Sesc São Paulo.

Já o tradicional  “Tudo Sobre Mulheres” ganhará uma nova edição em 2018. Este ano, o evento acontecerá de 5 a 9 de setembro na Chapada de Guimarães (MT), depois de um hiato de sete anos.  As inscrições para esta sexta edição do  Festival de Cinema Feminino começam no dia 9 de abril. Para participar, as produções precisam ser brasileiras e com até 25 minutos de duração. A temática deve abordar, de alguma forma, o universo feminino.

 

“Apos sete anos de intervalo, a transformação foi muita – agora os filmes chegam pelas nuvens e não mais em DVD pelos correios, tudo está definitivamente digital, evoluiu. Por outro lado, a questão de gênero também se modificou neste período, e percebo que agora temos muito mais o que reivindicar e lutar – por equidade, por salários compatíveis, contra a violência, o feminicídio, pelo direito de viver nossos corpos e sexualidade como julgarmos que seja o melhor para nós”, afirma a curadora e idealizadora do Festival, Danielle Bertolini.

 

O nome “Tudo Sobre Mulheres” foi inspirado pelo filme Tudo Sobre Minha Mãe, de Pedro Almodóvar, cineasta que sabe como poucos retratar o universo das mulheres em sua filmografia.
O principal objetivo do evento é estimular a produção audiovisual que aborde a questão feminina, não importando o sexo dos realizadores. O Festival ainda contribui com a urgente necessidade de descentralização da produção cultural, ao sair do eixo Rio-São Paulo e levar o Tudo Sobre Mulheres para o interior do Brasil, Chapada dos Guimarães – patrimônio ambiental da humanidade.

 

Além da exibição de obras audiovisuais na Mostra Competitiva, o festival também oferece apresentações de companhias de teatro, shows, lançamento de livros, feira de artesanato, dança e exposição de artistas locais.

 

 

Informações e inscrições pelo site: www.tudosobremulheres.art.br. Consulte o regulamento: https://bit.ly/2q4AjS9