NESTA TERÇA, 08/08, SÉRIE “VIAGEM ATRAVÉS DO CINEMA FRANCÊS” ABORDA A OCUPAÇÃO NAZISTA.

Continua no Canal Curta a exibição da série “Viagem Através do Cinema Francês”, obrigatória para cinéfilos de carteirinha. A obra é derivada do longa-metragem “Voyage à Travers le Cinéma Français”, lançado em 2017 com quase três horas e meia de duração. Reformatado depois como série, seus oito episódios de 52 minutos cada somam quase 7 horas de material, oferecendo assim um preciosíssimo conteúdo inédito.

Não se trata exatamente de uma “História” do cinema produzido na França, mas sim da uma apreciação muito pessoal do cineasta Bertrand Tavernier, que roteirizou e apresenta a série. Falecido em março de 2021, Tavernier é o premiado diretor de “A Morte ao Vivo” e “Por Volta da Meia Noite”, entre vários outros. “Viagem Através do Cinema Francês”, acabou se configurando em seu testamento cinematográfico.

O quarto episódio – que será exibido nesta terça, 08/08 às 23 horas, mergulha no período sombrio da ocupação alemã durante a Segunda Guerra Mundial. Tavernier explora o espírito de resistência e a imigração de novos diretores, forçados a deixar seus países por motivos políticos. Ao longo do episódio, ele compartilha suas visões pessoais sobre esses diretores, revelando suas influências e impacto no cenário cinematográfico francês, por meio de cenas memoráveis, entrevistas e análises.

O episódio conta as histórias de cinco diretores: Victor Tourjanski, Robert Siodmak, Jean-Paul Le Chanois, Albert Valentin e André Cayatte. Eles enfrentaram resistência, mas deixaram sua contribuição para a indústria do cinema.

Segundo Tavernier, Jean-Paul Le Chanois demonstrou talento como roteirista e realizou obras estimáveis, como “L’École buissonnière” (1949) e “Sans laisser d’adresse” (1951). Ele também esteve envolvido em batalhas para defender o cinema francês, especialmente em 1946, contra os Acordos Blum-Byrnes, que sugeriam o fim do contingenciamento que limitava o número de filmes americanos exibidos na França.

“Essas medidas catastróficas ameaçavam destruir completamente o cinema francês. Felizmente, os acordos foram renegociados e permitiram que os cinemas passassem filmes franceses por 13 semanas e restabeleceram o contingenciamento de filmes americanos. Essa ideia brilhante salvou o cinema francês e foi incompreendida pelos americanos, que acreditavam que o cinema francês era subsidiado pelo governo, quando na verdade era autorregulado e financiado por suas próprias bilheterias. Steven Spielberg, que compreendeu o sistema, considerou-o genial e a melhor maneira de lutar contra o imperialismo”, relembrou Tavernier.

Outro diretor notável nesse contexto, segundo o narrador, é Albert Valentin, cujo filme “La Vie de plaisir” (1944) enfrentou forte oposição. Com temática controversa, que atacava os poderes da Igreja e do dinheiro, chegou a ser proibido. Valentin, por meio de seu protagonista, questionou o julgamento moral que impedia o reconhecimento de outras formas de prazer.

“Viagem Através do Cinema Francês” pode ser assistida também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo.

O canal Curta pode ser visto nos canais 556 da NET/Claro TV, 75 da Oi TV e 664 da Vivo Fibra, além de em operadoras associadas à NeoTV. Ou também no Curta!On – Clube de Documentários, disponível na Claro TV+ e em CurtaOn.com.br. Novos assinantes inscritos pelo site têm sete dias de degustação gratuita de todo o conteúdo.