OBRA ESGOTADA DE ISMAIL XAVIER GANHA REEDIÇÃO AMPLIADA.

Edições Sesc São Paulo lançam edição revista e ampliada de Sétima arte: um culto moderno.

As Edições Sesc São Paulo lançam a 2ª edição revista e ampliada do livro Sétima arte: um culto moderno, de Ismail Xavier, um dos mais importantes teóricos e professores de crítica e história do cinema brasileiro. Esta edição conta com uma nova introdução do autor, além de comentários atuais à luz da evolução do cinema e da crítica, que se somam à versão integral do estudo pioneiro publicado em 1978, que aborda a consolidação  do cinema como forma de arte e de que forma a estética cinematográfica se transformou em uma linguagem artística fundamentalmente moderna.

 

Escrito a partir da dissertação de mestrado de Ismail, o livro analisa o período em que o cinema deixou de ser compreendido como mera diversão popular e alcançou o status de “sétima arte”, apresentando um debate que ultrapassa questões técnicas e abrange uma ampla visão da história e da cultura brasileiras, bem como da história do cinema mundial. Buscando desvendar a origem da expressão “sétima arte”, Ismail apresenta um panorama das vanguardas artísticas desde 1911, quando o italiano Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes.

Poderoso estímulo intelectual, o debate teórico felizmente não se encerra em si mesmo. Fiel à tradição da revista Clima, Ismail mergulha no contexto histórico e se afasta das abstrações parisienses para nos aproximar do pensamento garimpado em revistas de divulgação do comércio cinematográfico do Rio de Janeiro”.

Carlos Augusto Calil

Influenciado por nomes como Paulo Emílio Salles Gomes e Antonio Candido, o autor desenvolve uma visão analítica do cinema baseada em um amplo conhecimento histórico, social e cultural do Brasil. Conforme afirma Danilo Santos de Miranda no texto de apresentação, “essa perspectiva extrapola a simples compreensão de enredos e personagens, apontando para a estrutura fílmica, assim como para o exame tanto do contexto no qual se insere o filme quanto daquele ao qual se refere. Para Xavier, a obra de arte não se dissocia da sociedade, ao contrário, é produto dela e com ela deve dialogar”.

O caminho percorrido pelo livro inclui comentário à estética de Ricciotto Canudo como um momento expressivo que pode ser associado à primeira grande forma da cinefilia, e passa também pelos “jovens rebeldes” da crítica francesa nas décadas de 1940 e 1950, que conduziram a definição de um autor cinematográfico por meio da forma original com que ele compunha as cenas e articulava as montagens. A pesquisa histórica e o debate avançam no contexto teórico da década de 1970, época em que a primeira edição do livro foi desenvolvida.

Em meio à civilização da imagem e a consequente alienação visual a que todos estão sujeitos, a reedição deste livro fortalece a reflexão política, filosófica e existencial potencializada pela apreciação fílmica. Como são construídas imagens e narrativas, tendo em vista que o cinema incorpora e veicula os valores culturais de quem o produz?”.

Danilo Santos de Miranda

Diretor Regional do Sesc São Paulo

Como o próprio Ismail Xavier explica na Nota do autor à segunda edição, “o critério assumido nesta nova edição foi o de não alterar o texto, preservar na íntegra a exposição do meu pensamento na forma como se definiu. (…)  Quando julguei necessário, acrescentei notas atuais, destacadas nas margens em vermelho, que trazem breves comentários e referências mais concentradas no campo da crítica francesa e da teoria do cinema, terrenos que meus trabalhos posteriores e minha atividade docente retrabalharam ao longo dos anos”.

 

FICHA TÉCNICA

Sétima arte | um culto moderno: o idealismo estético e o cinema (2ª edição revista e ampliada)

Edições Sesc São Paulo

Autor: Ismail Xavier

ISBN: 978-85-9493-049-1

Páginas: 288 p.

Preço: R$ 60,00