SESC AMPLIA CARDÁPIO DE FILMES GRATUITOS.

Nesta quinta-feira, 25, novos filmes chegam à plataforma de streaming do Sesc com o #EmCasaComSesc. Entre as estreias, o Conto de Primavera, de Éric Rohmer, marca um ciclo de longas em homenagem aos 60 anos do movimento Nouvelle Vague e 100 anos do diretor. Também passam a fazer parte da plataforma nesta semana as produções Timbuktu, de Abderrahmane Sissako, e O Fio da Memória, de Eduardo Coutinho. Os filmes ficam disponíveis gratuitamente em sescsp.org.br/cinemaemcasa.

Pioneiro da Nouvelle Vague, Éric Rohmer apresenta em seu cinema uma forte base na filosofia que, geralmente, permeia narrativas sobre relacionamentos amorosos e suas profundidades. A partir disso, Rohmer criou Os Contos das Quatro Estações – com quatro longas que vão da Primavera ao Inverno. Em Conto de Primavera, o autor traz a história de uma professora de filosofia que procura um lugar para ficar enquanto seu noivo está de férias. Ela aceita o convite de uma estudante de música que conhece em uma festa, e que tem planos de aproximá-la de seu pai.

Coprodução entre França e Mauritânia, Timbuktu foi lançado em 2014 e foi selecionado para a Palma de Ouro, na competição principal do Festival de Cannes do mesmo ano. Lá, ganhou o Prêmio do Júri Ecumênico e o Prêmio Chalais François. O drama, que revela as mudanças impostas por fundamentalistas islâmicos na cidade homônima ao filme, no Mali, também foi nomeado para o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, em 2015, e foi indicado ao BAFTA de melhor filme em língua não inglesa.

Produzido no fim da década de 80 e início de 90, o documentário O Fio da Memória, de Eduardo Coutinho, celebra o Centenário da Abolição da Escravatura com uma narrativa dividida em duas partes, que abordam a respeito da cultura e identidade dos negros no imaginário brasileiro e na escravidão. O filme tem como protagonista Gabriel Joaquim dos Santos, filho de ex-escravos. Também conta com narração de Milton Gonçalves e Ferreira Gullar.

Ainda no streaming, na quarta-feira, 24, estreia a Mostra Futuros Presentes: Cinemas Europeus, parceira do Sesc São Paulo com a Eunic (European Union National Institutes for Culture), rede de institutos culturais europeus no mundo, que visa fortalecer a colaboração entre instituições europeias e intensificar a cooperação e o diálogo com as realidades culturais locais nos países nos quais atua. Os filmes serão exibidos em sescsp.org.br/futurospresentes. A mostra acontece até o dia 1º de abril e conta com estreias semanais.

PROGRAMAÇÃO STREAMING – 25 DE FEVEREIRO

CONTO DE PRIMAVERA
Dir.: Eric Rohmer | França | 1990 | 108 min | Ficção | 12 anos
Sinopse: Jeanne pode ter as chaves de dois apartamentos diferentes, mas ela sente que não tem onde dormir. Enquanto isso, tudo que Natasha quer é alguém para dividir seu apartamento em Paris, onde seu pai, Igor, raramente fica. Elas se encontram numa noite em que as duas se sentem particularmente incomodadas e, em poucos dias, tornam-se inseparáveis. Natasha já não gosta mais da namorada de seu pai e ela não se importaria se o amor florescesse entre Jeanne e Igor…

TIMBUKTU
Dir.: Abderrahmane Sissako | França, Mauritânia | 2014 | 97 min | Ficção | 14 anos

Sinopse: Timbuktu está mergulhada em silêncio, portas fechadas e ruas desertas. Já não há música, futebol e nem cigarros. Acabaram-se as cores, os risos, e as mulheres tornaram-se sombras. Extremistas religiosos espalham o terror pela região. Longe do caos, nas dunas, Kidane leva uma vida tranquila com a mulher e sua filha. A tranquilidade acaba quando Kidane mata um homem acidentalmente.

O FIO DA MEMÓRIA
Dir.: Eduardo Coutinho | Brasil | 1991 | 80 min | Documentário | Livre

Sinopse: Segundo documentário de longa-metragem de Eduardo Coutinho, O fio da memória foi realizado, sob encomenda, por ocasião do centenário da abolição da escravidão no Brasil, completado em 1988. O filme procura condensar, em personagens e situações do presente, a experiência negra no Brasil a partir de dois eixos – as criações do imaginário, sobretudo na religião e na música, e a realidade do racismo, responsável pela perda de identidade étnica e pela marginalização de boa parte dos milhões de brasileiros de origem africana. O filme acompanha Gabriel Joaquim dos Santos, trabalhador de uma mina de sal, semi-analfabeto e artista. Ele construiu em São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro, a Casa da Flor, uma casa de arte feita com objetos encontrados no lixo.

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PROGRAMAÇÃO MOSTRA FUTUROS PRESENTES: CINEMAS EUROPEUS

ESTREIAS 24/02

MÚSICA E APOCALIPSE
Weitmarchen Sanssouci | Dir.: Max Linz | Alemanha | 2019 | 80 minutos |

Ficção | 14 anos

[Disponível por 30 dias]

Sinopse: A cientista climática Phoebe Phaidon é contratada pelo Instituto de Cibernética da Universidade de Berlim para assumir o seminário “Introdução a Estudos de Simulação” de Brenda Berger, chefe do instituto. Brenda precisa se dedicar ao seu projeto que é financiado externamente – uma simulação virtual das mudanças climáticas – na esperança de evitar a ameaça de paralisação de seu instituto pelo conselho universitário. Tudo depende de uma avaliação bem-sucedida no final do semestre. Phoebe é obrigada a trabalhar na simulação, e um consultor corporativo é contratado como coach motivacional para os funcionários do instituto. Enquanto isso, o professor Alfons Abstract-Wege ganha atenção com um projeto sobre controle nutricional. Os alunos de Phoebe suspeitam de um interesse corporativo por trás da pesquisa de Abstract-Wege e interrompem as operações diárias ocupando a biblioteca da universidade. Phoebe viaja para uma conferência em Gda?sk, Polônia com seu colega Julius Kelp para decifrar o segredo por trás do apocalipse iminente. O tempo está se esgotando. O Dia do Julgamento está amanhecendo.

A GRANDE MURALHA VERDE
The Great Green Wall | Dir.: Jared P. Scott | Reino Unido | 2019 | 92 minutos |

Documentário | 12 anos

[Disponível até 600 visualizações]

Sinopse: Com produção-executiva de Fernando Meirelles, o filme acompanha Inna Modja, cantora e ativista do Mali, em uma jornada épica pela Grande Muralha Verde da África ? uma ambiciosa iniciativa para fazer crescer um “muro” de oito mil quilômetros de árvores que se estende por toda a largura do continente para restaurar a terra e fornecer um futuro para milhões de pessoas. Atravessando Senegal, Mali, Nigéria, Níger e Etiópia, Modja segue a crescente Grande Muralha Verde pela região do Sahel ?um dos lugares mais vulneráveis da Terra, onde as temperaturas estão subindo 1,5 vezes mais rápido que a média global?, revelando as graves consequências da degradação severa do solo e da aceleração da mudança climática. A muralha visa combater o aumento da desertificação, da seca, da escassez de recursos, da radicalização, dos conflitos e da migração.