“TUDO QUE DEUS CRIOU…” COMEÇA A SER RODADO NA PARAÍBA.

Começaram no último dia 16, em Campina Grande, as gravações do longa metragem paraibano TUDO QUE DEUS CRIOU…, fruto de uma parceria entre o jovem diretor André da Costa Pinto e o produtor Adriano Lírio, ambos bastante premiados nos últimos anos pelos seus trabalhos na área audiovisual.

Apesar se contar com baixo orçamento, o filme conta com a participação de conhecidos atores e atrizes do cinema e da TV brasileira, que se envolveram com a história e acreditaram no projeto. No elenco estão nomes como Letícia Spiller (foto), Guta Stresser, Maria Gladys, Cláudio Jaborandi e Paulo Vespúcio.

No entanto, a predominância do elenco são atores locais, a maioria deles oriundos de um curso de formação ministrado pelo diretor do longa, em parceira com a Universidade Estadual da Paraíba. Dentre esses está o protagonista da história, Miguel Arcanjo, interpretado pelo jovem ator Paulo Phillipe, 18, que conquistou o papel após passar por uma maratona de testes nas cidades de Campina Grande e do Rio de Janeiro, onde disputou a vaga com concorrentes de todo o Brasil.

Na história, Miguel, entre traumas, obstáculos e dificuldades, se vê na necessidade de sustentar sua família. Sua mãe, Dona Dagui (Maria Gladys), sua irmã Ângela (Guta Stresser) e seu cunhado, cujo papel será feito por Claudio Jaborandi, formam uma espécie de família urbana de classe média-baixa, que enfrentam acontecimentos de alegria, de amor e de tragédia. Em paralelo ao núcleo familiar, o jovem Miguel vive uma espécie de triângulo amoroso com os personagens interpretados por Letícia Spiller e Paulo Vespúcio.

Segundo o produtor Adriano Lírio trata-se de um “filme paraibano”, seja pela história, um drama urbano verídico ocorrido em João Pessoa e adaptado para Campina, ou pela produção em si, uma vez a grande maioria dos que estão trabalhando no longa são da terra, dentre esses 50 estagiários, estudantes da Universidade Estadual da Paraíba.

Em vez da temática da seca e da miséria, a história fala de dramas e problemas comuns dos seres humanos, independente do local onde eles residam. Uma das temáticas do filme será a inclusão social. As personagens de Letícia Spiller e Maria Gladys, que são cegas, trarão à tona a questão dos portadores de deficiência visual.

A expectativa do diretor André da Costa Pinto, 23, é grande, sobretudo por tratar-se de seu projeto cinematográfico mais ambicioso até então. Essa será sua primeira experiência à frente de um longa-metragem. Antes disso, o diretor realizou dois curtas, “Amanda e Monick” (2007) e “A Encomenda do Bicho Medonho” (2006), ambos bastante premiados nos festivais por onde passaram.

As gravações do filme serão feitas até o dia quatro de maio e todas as locações serão feitas em Campina Grande, sobretudo nos bairros Rosa Mística e no Centro (ruas João Pessoa e Félix Araújo). A Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) é a grande incentivadora do projeto.

O Diretor – André da Costa Pinto

André da Costa Pinto, 23, é formado em Comunicação Social pela UEPB e já dirigiu três curtas-metragens: “Tudo que Deus criou …” será seu primeiro longa. Apesar de ter menos de cinco anos de carreira, o jovem diretor acumula um relevante currículo de prêmios, sobretudo, graças a “Amanda e Monick” (2007), um dos curtas mais aclamados no Brasil, no ano de 2008.

O documentário foi considerado o Melhor Vídeo do IV Festival de Atibaia Internacional do Audiovisual, Melhor Vídeo Nacional (Júri Técnico) no 31º Festival Guarnicê de Cinema, no Maranhão; Melhor Curta Digital do Cine PE 2008; recebeu o prêmio de Visibilidade aos Direitos Humanos, durante o 15º Festival de Cinema e Vídeo de Cuiabá; Menção Honrosa no 12º FAM – Florianópolis Audiovisual Mecorsul, além de outras premiações em festivais regionais.

Outro documentário também de destaque é “A Encomenda do Bicho Medonho” (2006), que foi financiado através do Projeto Revelando os Brasis, do Ministério da Cultura. O vídeo conquistou o Prêmio Especial do júri no Festival Vale Curtas de Petrolina e Juazeiro; Melhor Fotografia e Melhor Roteiro para Documentário no Festival Jampa Vídeo do SESC e o prêmio especial do júri pela originalidade do tema no Curta Santos – SP, entre outros.

André também é co-fundador e coordenador do Comunicurtas – Festival Audiovisual de Campina Grande; integra a ONG campinense “Moinho de Cinema da Paraíba” e ministra cursos na área de formação audiovisual. Também é responsável por um curso de formação de atores, com o apoio da Universidade Estadual da Paraíba.

O Produtor Executivo Adriano Lírio

Adriano Lírio, 35 anos, é formado pelo Núcleo NEPTEC e pelo curso livre da Universidade Federal da Bahia (UFBA), e começou sua carreira no circuito cultural baiano, através da direção de produção de espetáculos teatrais e shows musicais. Ao longo de quatro anos, no Rio de Janeiro, foi produtor e diretor de VT´s publicitários para a rede norte-nordeste.

Em 1999, estreou como cineasta no Festival Cine Ceará com o curta digital: PONTO DE ENCONTRO, percorrendo alguns festivais nacionais e ganhando o Rio Jovem Artista 99 (Prêmio oferecido pela RIOARTE para obras audiovisuais). Em seguida dirigiu SERÁ QUE EU VI!?, que estreou com sucesso no XVIII Festival Internacional de Cinema do Uruguai, em Montividéo, seguindo por outros festivais nacionais e internacionais, destacando-se inclusive no ROSHD FILM FESTIVAL em novembro/2000 na cidade de Teerã/Irã. Concluiu os curtas: QUASE CINEMA(2001), QUASE DIRETOR(2003) e RETRALHOS(2004), os quais lhe renderam prêmios nos mais importantes festivais brasileiros, entre eles: Jornada de Cinema da Bahia, Gramado Cine e Vídeo, Cine Ceará, Festival de Curitiba, Festival Audiovisual do Mercosul, Santa Maria do RS, entre outros.

No período de 2002 a 2005 foi contratado exclusivo da produtora carioca Riovideo, dirigindo e produzindo mais de 80 filmes/vídeos publicitários e cerca de 50 institucionais, através dos quais ganhou prêmios em eventos segmentados, incluindo o Marketing Best por dois anos consecutivos.

Foi Diretor de Produção dos programas televisivos: TERCEIRO SINAL (apresentado pelo ator Dú Moscóvis e exibido pelo Canal Brasil/2005) e VITRINE DECORAÇÃO (apresentado pela atriz Nina de Pádua e exibido pela Rede Record/2004). Percorreu entre 2005 e 2006 alguns festivais com os curtas: AFASTHEID e NINGUÉM SUPORTA A GLÒRIA, esse último baseado na vida e obra da atriz e musa dos anos 70: Darlene Glória, documentário que foi indicado ao Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2005. Em parceria com o talentoso ator Selton Mello, produziu o curta-metragem: QUANDO O TEMPO CAIR, onde o veterano ator JORGE LOREDO encabeça o elenco num projeto que marca a estréia de Selton como diretor cinematográfico. Trabalha ainda em parceria com a Produtora BOSSA FILMS, situada em Zurich – Suíça, para produções no eixo Rio de Janeiro-São Paulo. Acabou de rodar os curtas: QUASE DA FAMÍLIA, CONTRA-MÃO e ATORMENTADO, previstos para estrear no decorrer de 2009, além de ter feito parte da equipe do longa
-metragem: FELIZ NATAL, dirigido por Selton Mello e produzido pela Bananeira Filmes.