ÚLTIMOS DIAS PARA VER A MOSTRA “CENTENÁRIO DO 16 MM”. GRÁTIS.

Até a próxima quarta-feira, 17/05, o Centro Cultural São Paulo celebra o “Centenário do 16mm”, trazendo uma programação especial e gratuita. Imperdível para os apaixonados pelo cinema de película.

Confira a programação dos últimos dias: !

12/05, 15h,Depois da Chuva (1999);17h,Sonatine (1993) e 19h A Rotina Tem Seu Encanto (1962)

13/05, 15h, Shadows (1959); 17h, Homenagem A Benedito e 19h Mazurka (1935)

14/05, 15h, sessão infantil com: Balão Vermelho (1956), Aprendiz de Feiticeiro (1940) e Pedro e o Lobo (1946); 17h Dois Palermas em Oxford (1940) e 19h No Tempo Das Diligências (1939)

16/05, 17h, Pecado da Carne (1932), 20h Um Triângulo Diferente (1984)

17/05, 16h,O Caçula (1924), 18h Sherlock Jr. (1924), 19h O Circo (1928)

 

Um pouco de História

Há 100 anos, em 08 de janeiro de 1923, no auditório da East High School, em Rochester, N. York, a Kodak anunciava o nascimento da cinematografia amadora, com demonstração do conjunto câmera (Cine Kodak) e projetor de filmes (Kodascope) no formato de lançamento 16mm.

Na edição do dia seguinte, o jornal Democrat and Chronicle (Rochester), deu destaque em primeira página para o acontecimento. Coube ao tempo mostrar que a nova bitola revolucionária o alcance da imagem em movimento.

Muito mais econômico e portátil do que o 35mm, padrão da indústria cinematográfica de então, o novo formato, nas décadas seguintes, expandiu radicalmente as possibilidades de produção e exibição de filmes para além do mero entretenimento, diante do poder do cinema como instrumento para fins educacionais e de comunicação de massa.

Com o 16mm, o cinema saiu dos cinemas, por assim dizer. Projetores 16mm passaram a ser itens comuns nas escolas, universidades, órgãos públicos, empresas, sindicatos, igrejas, clubes e residências. A bitola passou também a ser o padrão profissional para captação de imagens em reportagens externas de TV, até o advento dos equipamentos portáteis de vídeotape na década de 1970. Além disso, tornou-se o formato padrão da indústria cinematográfica para distribuição de filmes para as emissoras até a década de 1980, quando foi substituído por outras mídias, magnéticas e digitais, mais compactas, baratas e com equiparação de qualidade para a pequena tela eletrônica.

O 16mm permitiu também o surgimento do cinema itinerante, tornando possível, graças à portabilidade e relativo baixo custo dos projetores, levar a experiência do filme cinematográfico a comunidades que não tinham acesso a salas de projeção.

Os profissionais passaram a ver o 16 como solução estética alternativa: John Cassavetes com “Shadows” (1959), Jean Eustache com “The Mother and the Whore” (La Maman et la Putain,1973), Wim Wenders com “Alice in the Cities” (Alice in den Städten, 1974), Mike Figgis com “Despedida em Las Vegas” (LeavingLas Vegas, 1995), Fernando Meirelles com City ofGod (Cidade de Deus 2002), Mike Leigh com “Vera Drake” (2004), Darren Aronofsky com “Cisne Negro” (Black Swan, 2010), apenas para citar alguns, de centenas de títulos.

Em 2020 a série da Netflix “The Eddy” foi inteiramente produzida em 16mm.

“Centenário do 16mm” conta com a produção da Cine 16 Projetos Culturais em Cinema. A programação completa está disponível no site da CCSP e os ingressos podem ser retirados uma hora antes de cada exibição. Para mais informações, basta seguir as redes sociais da Cine 16: @vivaofilme

Serviço:

“Centenário do 16mm”, entre 03 e 17 de maio, gratuito CCSP – Ao lado do Metrô Vergueiro, Rua Vergueiro, 1.000, Liberdade.