“LONGWAVE – NAS ONDAS DA REVOLUÇÃO” FAZ COMÉDIA DRAMÁTICA A PARTIR DE CASO REAL.

Há um certo tom de ingenuidade em “Longwave – Nas Ondas da Revolução”. Uma ingenuidade saborosa, bem-vinda, com toques nostálgicos que nos transportam para 1974, ano em que transcorre a ação. A partir de um caso verídico, a trama começa na Suíça, onde o diretor de uma rádio local é pressionado pela cúpula a transmitir notícias mais “leves” e otimistas, evitando a seriedade dos assuntos até então noticiados. Tudo pela audiência (sim, na Suíça também).

É sugerida então uma pauta menos séria, sobre os benefícios que um programa suíço de investimentos estaria proporcionando ao “pobre vizinho” Portugal. A rádio envia então uma pequena equipe de reportagem a Lisboa, com a incumbência de realizar esta matéria com ares “chapa branca”.
Uma repórter especializada em trivialidades, um motorista que faz as vezes de assistente, e um operador de áudio decadente formam uma versão micro do “Exército de Brancaleone”, abatidos pelo quase total desinteresse jornalístico da missão.

Porém, como já foi dito, estamos em 1974, e acontecimentos inesperados irão transformar para sempre a vida destes três repórteres, provando, mais uma vez, que um dos principais pilares do jornalismo é estar no lugar certo, na hora certa. E saber tirar proveito disso.

Coproduzido por França, Suíça e Portugal, “Longwave – Nas Ondas da Revolução” é simpaticamente descompromissado, dirigido em ritmo de comédia dramática. Descontraído, arrisca até um momento musical que fica no limite do bizarro, mas que é perdoado pelo caráter quase farsesco que envolve a produção. Nos momentos mais dramáticos, porém, o filme cresce.

Longwave – Nas Ondas da Revolução” já passou por festivais como 66º Festival de Locarno, 7º Atenas Avant-Gare Film Festival, Palm Springs International Film Festival, 37ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, 42º Festival du Nouveau Cinéma de Montreal e 28º Festival International de Francofonia de Namur.