“JACKSON – NA BATIDA DO PANDEIRO”, PARA VER DE OLHOS, OUVIDOS E CORAÇÃO ABERTOS.
Por Celso Sabadin.
Em determinado momento do documentário “Jackson – na Batida do Pandeiro”, alguém fala que, se Luiz Gonzaga é o Pelé da música nordestina, Jackson do Pandeiro é o Garrincha. Só esta informação já seria mais que suficiente para recomendar o filme, que será exibido na Cinemateca Brasileira nesta quinta, 19/06 (mais informações no final do texto).
Mas o longa entrega ainda muito mais: são quase 100 minutos que revelam uma completíssima e fascinante pesquisa sonora e iconográfica sobre Jackson do Pandeiro, permeados com vários depoimentos igualmente históricos. Como o filme começou a ser feito em 2003, foi interrompido, retomado em 2013, e finalizado em 2019 (coincidentemente o ano do centenário do biografado), a plêiade de entrevistados que surgem durante a produção é nada menos que estupenda. Exemplos? Anote: Gilberto Gil, Gal Costa, Lenine, Elba Ramalho (antes da gente saber que ela é Bozonarista), João Bosco, Geraldo Azevedo, Zuza Homem de Melo, Biliu de Campina, Neuza Flores (ex-esposa, que hoje reside em João Pessoa), Almira Castilho (ex-esposa – in memoriam), Geraldo Correia, Genival Lacerda, Zeca Pagodinho… entre outros! Ainda bem que não tem Nelson Motta.
Tudo isso, claro, costurado com deliciosos trechos da vastíssima obra musical de Jackson, que cobre décadas da nossa história e influenciou grandes nomes da MPB.
Para a realização do documentário, os diretores Marcus Vilar e Cacá Teixeira (falecido ano passado) percorreram as principais cidades em que o artista nasceu e se consagrou, como Alagoa Grande, Campina Grande, João Pessoa, Recife, Rio de Janeiro e Brasília.
“Jackson – na Batida do Pandeiro” será exibido gratuitamente nesta quinta-feira, feriado, 19/06, às 16h00, dentro da programação do Festival In-Edit Brasil. Será na sala Grande Otelo da Cinemateca Brasileira. Os ingressos devem ser retirados 1 hora antes.